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SES adia lançamento comercial do novo serviço de banda larga via satélite para o fim de 2023

Companhia informou que satélites 5 e 6 da constelação de média órbita O3b mPOWER, anteriormente previstos para junho, devem ser lançados ao espaço ainda no terceiro trimestre; balanço mostra que lucro quase dobrou no segundo período do ano
SES adia o lançamento do novo serviço de banda larga via satélite para o fim do ano
Novo serviço de banda larga via satélite da SES deve entrar em operação no fim do ano (crédito: Divulgação/SES)

Provedora de conectividade via satélite, a SES adiou o lançamento do novo serviço de banda larga para o fim do ano. A previsão anterior era de que a constelação O3b mPOWER entrasse em operação comercial ainda no terceiro trimestre.

A companhia com sede em Luxemburgo também informou que os satélites número 5 e 6 da constelação de média órbita terrestre (MEO) devem ser lançados dentro do terceiro trimestre, ou seja, até setembro. Assim como o serviço, o lançamento dos artefatos também foi adiado. O plano inicial era levar os equipamentos ao espaço em junho.

As novas datas foram compartilhadas pela companhia no balanço financeiro do segundo trimestre, divulgado na quinta-feira, 3. O documento também indica que os satélites número 7 e 8 devem ser lançados em algum momento do segundo semestre deste ano.

No total, a constelação contará com 11 equipamentos, mas com seis já é possível ativar o serviço global de banda larga. Os últimos três satélites estão previstos para 2024.

“Com a expectativa de que o O3b mPOWER esteja em serviço comercial até o final deste ano, os clientes se beneficiarão de um conjunto expandido de recursos para conectividade flexível, garantida e de alto desempenho para atender aos requisitos em segmentos competitivos e de alto crescimento”, disse Ruy Pinto, CEO da SES, em trecho do balanço.

Na prática, a O3b mPOWER é a segunda geração de satélites MEO da SES – a primeira se chama O3b. Com o serviço, a empresa tem a expectativa de crescer em várias partes do mundo e habilitar aplicações como redes privativas 5G, gêmeos digitais e conectividade para missões críticas.

Em junho, ao Tele.Síntese, o vice-presidente de Soluções de Nuvem da SES, Karl Horne, disse que a empresa não deve ter uma concorrência direta com outras provedoras de satélite, como SpaceX e OneWeb, uma vez que direciona seu serviço ao setor corporativo, inclusive operadoras móveis. “Estrategicamente, o nosso valor será garantir um alto desempenho numa perspectiva B2B”, afirmou o executivo, na ocasião.

Resultados financeiros

No segundo trimestre, a receita da SES cresceu 10,1%, na comparação anual, chegando a 497 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,66 bilhões). Por outro lado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou 247 milhões de euros (R$ 1,32 bilhão), registrando queda de 6% ante o mesmo período de 2022.

O lucro líquido, de todo modo, quase dobrou, avançando 94,7% no período. Os ganhos somaram 37 milhões de euros (R$ 198,3 milhões) no intervalo de abril a junho.

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