Volume de serviços cresce 0,9% em maio

Os serviços de tecnologia da informação e o transporte de cargas foram os motores que impulsionaram o resultado de maio, segundo IBGE.
Volume de serviços cresce 0,9% em maio - Crédito: Freepik
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O volume de serviços prestados no país avançou 0,9% na passagem de abril para maio. É o terceiro resultado positivo do setor nos últimos quatro meses, período em que acumulou ganho de 3,3%. No mês anterior, houve recuo de 0,1%. Com o resultado de maio, o setor se encontra 8,4% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 2,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), alcançado em novembro de 2014. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 12, pelo IBGE.

Todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa acompanharam o resultado positivo. O gerente da PMS, Rodrigo Lobo, explica que esse crescimento disseminado pelas atividades se tornou mais frequente pelos efeitos da pandemia. “Antes de 2020, era bem mais raro ver as atividades crescendo de forma simultânea. Isso tem relação com a base de comparação baixa por causa dos efeitos das medidas de isolamento social, especialmente nos serviços de caráter presencial. De lá para cá, com a redução das restrições, essas atividades seguem em ritmo mais acelerado”, analisa.

O setor de transportes, com expansão de 0,9%, foi um dos que mais impactaram o avanço dos serviços em maio. Com esse crescimento, o segmento recupera uma parte da retração de 2,5% registrada em abril. No ano, os transportes acumulam expansão de 14,9%.

“Os serviços de tecnologia da informação e o transporte de cargas foram os motores que impulsionaram o resultado de maio. O transporte de cargas, especialmente o rodoviário, além de atender à demanda do comércio eletrônico e do setor agropecuário, também tem sido importante para o setor industrial, notadamente os bens de capital e os bens intermediários, que são as categorias de uso que operam acima do nível pré-pandemia”, explica Lobo. Ao crescer 1,8%, o transporte de cargas atingiu o ponto mais alto de sua série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Outro grande impacto no índice geral veio do segmento de informação e comunicação, que, assim como o setor de transportes, também avançou 0,9% em maio. Esse resultado é o terceiro positivo consecutivo da atividade, acumulando crescimento de 3,4% nesse período.

O segmento de outros serviços, ao avançar 3,1%, recuperou parte da perda de 3,0% registrada no mês anterior. O resultado de maio permitiu que o setor de outros serviços voltasse a operar acima do nível pré-pandemia (+1,0%). No caso dos serviços profissionais, administrativos e complementares, o aumento de 1,0%, em maio, implicou na recuperação integral do revés verificado em abril (-0,5%).

Com expansão de 1,9%, os serviços prestados às famílias acumulam ganho de 8,1% nos três últimos meses. Mesmo com o avanço, esse segmento ainda se encontra 7,0% abaixo do nível de fevereiro de 2020. “É o único dos cinco setores investigados que ainda opera abaixo desse nível. Com a diminuição das restrições, há uma procura maior por esses serviços de caráter presencial, como restaurante e hotéis. Em um nível menor, há também uma busca por atividades de condicionamento físico, como academias, por exemplo”, afirma Lobo.

Na passagem de abril para maio, 16 das 27 unidades da Federação acompanharam o movimento de crescimento. Entre elas, os maiores impactos vieram de São Paulo (0,6%) e de Minas Gerais (3,3%), seguidos por Santa Catarina (3,3%), Mato Grosso do Sul (5,3%) e Amazonas (3,7%). As principais influências negativas vieram de Pernambuco (-3,1%), Rio de Janeiro (-0,2%), Mato Grosso (-1,7%) e Paraná (-0,4%).

Comparação interanual

Frente a maio do ano passado, os serviços avançaram 9,2%, a 15ª taxa positiva consecutiva neste indicador. As principais influências sobre o crescimento total vieram do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,5%) e o de serviços prestados às famílias (39,0%).

Os demais avanços entre as atividades vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (9,6%) e de informação e comunicação (4,0%). A única taxa negativa do mês ficou com o setor de outros serviços (-4,0%). Lobo destaca que, por ter sido pouco atingida pelos efeitos da pandemia, essa atividade tinha uma base de comparação mais alta.

Atividades turísticas

O índice de atividades turísticas cresceu 2,6% em maio. É o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou um ganho de 11,7%. Com as altas seguidas, o segmento de turismo se encontra apenas 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia.

Somente quatro dos 12 locais pesquisados acompanharam o crescimento da atividade turística nacional. Entre os locais que mais contribuíram para o resultado estão São Paulo (2,5%), Rio Grande do Sul (3,9%), Bahia (1,5%) e Ceará (2,3%). Já Rio de Janeiro (-2,8%), Goiás (-9,6%), Paraná (-4,4%) e Santa Catarina (-4,8%) recuaram na comparação com abril.

(com Agência IBGE)

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Redação DMI

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