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Infraestrutura

Vivo já criou veículo financeiro que participará da joint venture de redes neutras

Camilla Tápias, VP de regulatório da Vivo, contou que a busca por sócios prossegue e que a empresa de infraestrutura óptica vai crescer tanto de forma orgânica, quanto por aquisições.

A Vivo já criou o veículo financeiro que terá participação na futura joint venture para explorar o mercado de redes neutras. A vice-presidente de assuntos regulatórios da operadora, Camilla Tápias (foto), falou hoje, 9, durante live promovida pelo Tele.Síntese que, apesar disso, as negociações prosseguem e o sócio ainda não foi escolhido.

A joint venture foi anunciada no começo do ano. Pelo projeto, a operadora terá 50% do capital da empresa, e o sócio que ainda será definido terá os demais 50%. Essa sociedade nascerá já com ativos de redes de fibra óptica da Vivo fora do estado de São Paulo, e ficará encarregada também de construir mais acessos FTTH em todo o país.

Segundo ela, a expansão desse braço de rede neutra também se dará via aquisições. “A gente vai aportar alguma rede da Vivo atual, vai construir uma parte em conjunto, e essa pessoa jurídica pode vir a comprar rede de acesso em fibra que já esteja desenvolvida”, afirmou.

Tápias disse que o objetivo da empresa é que essa joint venture seja independente do grupo, para construir e ofertar a rede de acesso de forma totalmente neutra no mercado. A separação estrutural, disse, será completa. “Acreditamos nesse modelo, que pode ter isenção, sim, e que tem tudo para estimular a competição”, afirmou.

Redes neutras liberadas

Também participante da live, o vice-presidente da Anatel, Emmanoel Campelo, afirmou que a agência não enxerga necessidade de regulamentar o mercado nascente de redes neutras. Para ele, qualquer norma para o segmento somente surgirá com a análise de assimetrias competitivas que exijam a intervenção da agência.

“A Anatel tem se concentrado em regulamentar o mercado competitivo na medida que seja necessário para lidar com medidas assimétricas. Hoje não existe iniciativa na agenda regulatória de tratar desse tema. Acho que ainda está em momento prematuro. Não tem necessidade de regulamentar previamente nem mesmo rede neutra de frequências”, falou.

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