Neste final de semana a disputa que se travava nos bastidores entre os sócios da Telecom Italia, dona da TIM, e a francesa Vivendi acabou vindo a público com a divulgação de fatos relevantes das duas empresas.
A primeira a se manifestar foi a francesa Vivendi, informando ao mercado que iria se abster de votar na assembleia de amanhã, 15, da operadora italiana, sobre a conversão das ações preferenciais em ações ordinárias, com direito a voto.
Conforme a Vivendi (que possui hoje 20,1% das ações da Telecom Italia, em sua maioria adquiridas da Telefónica, após a venda da GVT) a relação de troca das ações sugerida pela operadora não é satisfatória. A proposta é a conversão em 0,095 centavos de euros cada ação. Além disso, a francesa diz que os controladores vão ter seu capital diluído sem que fossem consultados para tal. De fato, a empresa passaria a deter, após a conversão, 14% das ações.
A Vivendi argumenta ainda que uma proposta como essa deveria ser aprovado por um conselho com melhor representação de seus controladores (quando pede a inclusão de mais quatro nomes seus, pleito também a ser analisado na reunião de amanhã).
Já a Telecom Italia publicou outro fato relevante afirmando que a proposta de conversão foi avaliada por dois “advisers”, Citybank e Equita e está equivalente a diversas outras ofertas feitas recentemente e que foi aprovada por analistas financeiros, acionistas e conselho de administração da operadora.