Vesti quer acelerar digitalização do setor de vestuário

A Vesti, plataforma de software B2B para fabricantes e revendedores, acaba de levantar quase R$ 2 milhões em recursos em round privado.
Vesti quer acelerar digitalização do setor de vestuário - Crédito: Divulgação
Walid Makdesi e César Almeida, da Vesti – Crédito: Divulgação

A Vesti, plataforma de software B2B para fabricantes e revendedores, acaba de participar de round privado liderado pela Smart Money Ventures (SMV) e levantar quase R$ 2 milhões em recursos. A rodada teve aporte de R$ 1, 278 milhão da SMV, acompanhada da Aimorés Investimentos (R$ 500 mil) e Equity Rio (R$ 150 mil).

O setor de vestuário e atacado de moda passa por um forte processo de aceleração de vendas e transformação digital na relação entre fabricantes e revendedores de moda, tornando o fluxo mais rápido e barato.

O segmento de roupas e acessórios movimentou R$ 152 bilhões em 2021, com mais de 370 mil fábricas, 30 polos e 1,17 milhões de revendedores ativos.

A Vesti conta com 520 fabricantes na base de clientes e 50 mil revendedores ativos. Segundo o founder e CEO, Walid Makdesi, a plataforma foi responsável por transacionar R$ 448 milhões no ano passado.

Para 2022, após a fusão com a Ziro – do CEO César Almeida – e o round recente, a perspectiva é que o número cresça para R$ 1 bilhão. “É nossa primeira vez neste ambiente de investimento anjo e fundo institucional, e nossa expectativa é justamente ser impulsionado pela capacidade e inteligência que veículos como a SMV oferecem”, afirma Makdesi.

Por meio da plataforma, o fabricante pode montar um catálogo com seus produtos e disponibilizá-los para venda mediante aplicativo. A empresa conta hoje com 48 profissionais e expectativa de crescimento de 200%, com estimativa de 450 mil pedidos em 2022.

Software inteligente 

A plataforma de software em nuvem se integra com os sistemas de gestão, ponto de venda e ERP-like usado por fabricantes, para interface de pedidos e estoque, além de permitir que as coleções possam ser disponibilizadas nos canais sociais (tipicamente, Instagram por conta do apelo visual) e também em aplicativos white label com a marca e logo dos fabricantes, literalmente ao alcance da mão dos revendedores.  

A ideia nasceu a partir da experiência de Makdesi com empresários do setor de vestuário, que reclamavam que revendedores do Brasil não estavam vindo aos polos de vestuário de São Paulo (Brás e Bom Retiro) como antes e estavam preferindo compras pelo WhatsApp e envio por transportadora.

Com isso em mente, a Vesti desenvolveu uma ferramenta de vendas para automatizar estas vendas por WhatsApp, o que proporcionou um aumento de qualidade e eficiência para o ecossistema. Em seguida, evoluiu automatizando outros canais de venda tais como por meio do Instagram, aplicativo White Label e Marketplaces.

O round 

A Smart Money Ventures (SMV) e o K-Pool, grupo de investidores liderados por Fábio Póvoa e César Bertini, liderou rodada de capital semente de aproximadamente R$ 1,9 milhão, com participação também da Aimorés Investimentos e Equity Rio. De acordo com Fábio Póvoa, sócio de Smart Money Ventures, Vesti nasceu de um profundo conhecimento das dores cotidianas da interação entre vendedores de fabricantes e revendedores, em particular do ruído no uso de WhatsApp para envio de catálogos de imagens e captura de pedidos de compra.

“Acreditamos que a automação deste processo com aplicativo e e-commerce B2B seja apenas a ponta do iceberg de oportunidade de acelerar o volume de vendas e da intermediação financeira decorrente, aumentando vendas, facilitando a operação e gerando empregos nesta importante cadeia de negócios de moda e vestuário”, afirmou Fábio Póvoa.

(com assessoria)

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Redação DMI

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