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Venda da Nextel para a Claro será concluída até 18 de dezembro

[Atualizado] Roberto Rittes, CEO da Nextel, deixou ontem a presidência da controladora. Ricardo K, que integra conselho da NII Holdings, também já adiantou sua carta de renúncia.
Foto do presidente da Nextel, Roberto Rittes, diante do logo da empresa
O presidente da Nextel, Roberto Rittes.

A venda da Nextel para a América Móvil (dona da Claro Brasil) será concluída até 18 de dezembro, conforme comunicado da NII Holdings enviado hoje, 11, à SEC, xerife do mercado de capitais norte-americano. A data foi definida assim que saiu o aval do Cade para a transação, na manhã desta quarta-feira.

Diante da incorporação próxima pela concorrente, o grupo já começou a reestruturação executiva. Ontem, 10, a holding avisou que o CEO Roberto Rittes (foto) “não mais será empregado por subsidiária da companhia”. E que desde ontem deixou de presidir a NII Holdings. A Nextel contactou o Tele.Síntese e informou que Rittes segue no comando da Nextel Brasil, deixando apenas os cargos na controladora.

Conforme indicação do conselho de administração da NII Holdings, o CEO da holding passou a ser, até a conclusão da operação, Daniel Frieman, que já tinha o posto de vice-presidente e CFO da operadora.

As mudanças na NII Holdings, que será dissolvida após a venda, também já foram anunciadas. James
Continenza, Ricardo Knoepfelmacher, Christopher Rogers e Robert Schriesheim entregaram suas cartas de renúncia aos cargos que detinham no board. As renúncias terão efeito imediatamente após a conclusão da transação com a Claro. O conselho da NII será reduzido a apenas três membros, que ficarão responsáveis por apagar as luzes da empresa – terão ainda de distribuir valores aos acionistas e liberar uma conta garantia de execução judicial existente no México.

A venda da Nextel à Claro foi anunciada em março, pelo preço de US$ 905 milhões (R$ 3,4 bilhões à época).  A Nextel enfrentava situação periclitante, em que já não possuía dinheiro em caixa para manter as operações além de 2020.

A tele cresceu nos anos 2000, operando o nicho do trunking, ou iDEN, popularmente chamado de rádios. Com a chegada das redes 3G e crescimento da demanda por dados, no entanto, perdeu competitividade. Aos poucos, migrou sua base, reduzindo a área foco de atuação. Passou a ser vista como provável alvo de consolidação devido à carteira de 3,5 milhões de clientes e às licenças que possui de espectro.

Com a aquisição, a Claro cresce no segundo lugar entre as operadoras móveis quanto à quantidade de clientes, e passa também a ter mais espectro no Brasil todo, principalmente nos relevantes mercados de São Paulo em Rio de Janeiro.

[Atualizado com a posição da Nextel informando que Roberto Rittes segue como CEO da operadora, deixando apenas a presidência da NII Holdings]

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