UCB prevê reposicionamento global do Brasil em armazenamento de energia

A UCB Power, fabricante nacional de baterias, prevê que o Brasil passe a se tornar o quinto maior mercado de armazenamento de energia nos próximos três anos.
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Marcelo Rodrigues, VP de Novos Negócios e Inovação da UCB Power. Crédito: divulgação

A UCB Power, fabricante nacional de baterias, prevê que o Brasil passe a se tornar o quinto maior mercado de armazenamento de energia nos próximos três anos, ultrapassando até mesmo a sexta colocação atual na produção de energia solar. E a melhora do desempenho do país ocorre devido à decisão do governo brasileiro, anunciada em novembro deste ano, de incluir no  Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, o armazenamento de energia e a realização de leilões futuros para sua implementação.

O PDE 2034 projeta a incorporação de 2,8 GW de capacidade instalada em sistemas de baterias e resposta da demanda até 2034, devido à crescente importância do armazenamento de energia no sistema elétrico brasileiro, especialmente com o aumento da participação de fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica. E a expectativa é de que o primeiro leilão aconteça no início do segundo semestre do próximo ano.

“A universalização da energia não acontece sem o armazenamento”, afirma Marcelo Rodrigues, vice-presidente de Novos Negócios e Inovação da UCP Power. O executivo lembra que a empresa desenvolveu uma tecnologia própria de armazenamento para que o programa Luz para Todos pudesse instalar as placas solares na região amazônica.

Furtos de baterias

E as soluções de armazenamento de energia por mais tempo também avançam para o setor de telecomunicações, um dos principais segmentos consumidores de produtos da empresa. Fornecedora de baterias para aparelhos de celular fabricados no país (já comercializou mais de 90 milhões de baterias fabricadas na Zona Franca de Manaus) e para as Erbs das operadoras de celular, a empresa  desenvolve soluções para atender demandas específicas do setor de telecomunicações.

O setor de telecom não apenas sofre com os roubos e furtos dos cabos telefônicos, mas também com os furtos das baterias instaladas nas erbs. Segundo Rodrigues, com o processo de substituição das baterias de chumbo pelas baterias de lítio nos sites das operadoras, surgiu também o aumento dos furtos desses equipamentos. As baterias de lítio, embora mais caras, têm vida útil de 10 anos, são descarbonizadas e carregam sistemas de eletrônica inteligentes.

Para impedir a proliferação dos furtos desses equipamentos, a UCB acabou de lançar um produto (Usafety) totalmente blindado, que deverá coibir esses furtos. E, ao buscar enfrentar esse problema, a UCB Power acabou apostando em um novo modelo de negócios, que é o BaaS (Battery as a Service).

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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