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TIM, Vivo e Claro terminam preparativos e venda da Oi Móvel já tem data de conclusão

TIM, Vivo e Claro reconheceram que todas as condições para conclusão da compra da Oi Móvel foram alcançadas e agendaram a assinatura do contrato final para a próxima semana.
Crédito: Freepik
Compradora acertou acordo com valor que chegou a 398 milhões de euros. Crédito: Freepik

A venda da Oi Móvel às rivais TIM, Vivo e Claro é um negócio gigantesco, que envolverá pagamento de cerca de R$ 16,5 bilhões, migração de 40 milhões de clientes, transferência de espectro e de infraestrutura. Não à toa, as empresas estão envolvidas em preparativos há quase três para finalizar o negócio, que finalmente recebeu data de fechamento: 20 de abril.

O anúncio saiu hoje, 13, na Comissão de Valores Mobiliários. O jurídico das empresas viraram a noite preparando a documentação entregue logo ao raiar do dia à Oi, notificando a tele vendedora do fechamento do processo de aquisição. Em suma, as companhias aguardaram o trânsito em julgado no Cade autorizando o negócio e aprovação na Anatel. No período, também verificaram se “condições precedentes” de negócio foram cumpridas.

Atualmente a Claro tem muito mais espectro que as rivais por ter comprado a Nextel no passado. Para a TIM, que arrematou a maior fatia de espectro e infraestrutura da Oi Móvel, a transação vai reequilibrar o jogo.

“Com a efetiva conclusão da Transação, ficará definido um novo equilíbrio de infraestrutura entre as três principais concorrentes do setor, mantendo um alto grau de rivalidade setorial, trazendo benefícios amplos aos consumidores e garantindo os investimentos necessários para o desenvolvimento do setor de telecomunicações e o avanço digital do país”, afirma Camille Loyo Faria, CFO da TIM, no comunicado ao mercado divulgado nesta manhã.

David Melcon, CFO da Vivo, enfatiza o crescimento que o negócio trará à Telefônica Brasil e também diz que haverá aumento da competição, mesmo com um concorrente saindo do mercado.

“A efetivação da Transação traz benefícios aos acionistas da Companhia através da aceleração de crescimento e geração de eficiências em virtude de sinergias operacionais, bem como aos clientes, em decorrência da melhoria na experiência de uso e qualidade do serviço prestado e, finalmente, ao setor como um todo, em razão do reforço na capacidade de investimento, inovação tecnológica e competitividade”, diz Melcon.

A Claro, que não tem ações comercializadas no Brasil, não soltou comunicado até o fechamento deste texto.

Oi

Diante da confirmação de fechamento da venda da Oi Móvel às rivais TIM, Vivo e Claro, a Oi já avisou hoje mesmo que vai recomprar dívida no mercado. A companhia pretende retirar de circulação títulos com vencimento em 2026. Esta transação já era prevista e estava condicionada à venda da unidade móvel.

“A Oferta Pública de Aquisição está sendo feita pela Companhia em cumprimento às obrigações dispostas na Cláusula 4.07 da escritura de emissão das Notes, datada de 30 de julho de 2021 e está condicionada à conclusão da Operação, sendo que os Recursos Líquidos, conforme definidos na Escritura de Emissão da referida alienação, serão utilizados para recomprar as Notes e consumar a Oferta Pública de Aquisição”, informa a CFO da Oi, Cristiane Barretto Sales.

Ainda hoje a Oi vai divulgar mais detalhes dessa recompra dos títulos que vencem em 2026.

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