TIM vai dobrar remuneração aos acionistas

A CFO da TIM, Camille Faria, diz que projeções de crescimento trazem segurança para manter a remuneração de R$ 2 bilhões ao ano para além de 2022
Camille Faria, CFO da TIM
Camille Loyo Faria, CFO da TIM (Crédito: divulgação)

A TIM avisou nesta quarta-feira, 4, que vai dobrar a remuneração paga anualmente aos acionistas. O patamar, atualmente na casa do R$ 1 bilhão, será elevado já em 2022 para R$ 2 bilhões.

Camille Loyo Faria, diretora financeira da companhia, fez o anúncio durante o evento TIM Brasil Day, e informou também a meta à CVM na manhã de hoje.

Segundo a executiva, a mudança é uma alteração de práticas de distribuição dos dividendos, mas não na política de distribuição. Ou seja, não é algo permanente. Ainda assim, ela estima que o novo patamar será mantido pelos próximos anos.

“A TIM dobrou a distribuição entre 2016 e 2018 e ficou no mesmo patamar nos últimos quatro anos, nossa intenção é manter a prática pelos próximos anos também”, falou.

A estratégia de remuneração dos acionistas virá na esteira do incremento de receita e rentabilidade previstas para o futuro próximo, afirmou. Até 2027, a TIM passará de um crescimento de “single digit médio” (até 5%) ao ano, para “high single digit” (perto de 10% ao ano) em receitas.

Faria apontou que os investimentos em 5G e a aquisição de ativos da Oi Móvel trarão valor à empresa que vão modificar os múltiplos da companhia para melhor posicionamento no mercado financeiro.

E lembrou que balanço não reflete a participação em equity da TIM em novos negócios, dos quais espera valorização. A empresa anunciou hoje,4,  a criação de uma empresa em sociedade com a desenvolvedora FS, já prevendo realização de IPO em no máximo cinco anos.

A rentabilidade da operadora também vai aumentar, não só a receita com novos clientes e novos serviços. Os investimentos em transformação digital e atendimento automatizado também vão contribuir com a redução de custos. Com isso, o índice de rentabilidade EBITDA-Capex passará dos atuais 24% para 29% em 2024.

“A companhia agora está preparada para entrar em uma nova era de remuneração dos acionistas. A intenção é distribuir o dobro do caixa que vínhamos distribuindo, e pretendemos continuar daqui pra frente. Claro, se o fluxo de caixa planejado se confirmar e fatores externos não atrapalharem”, ponderou no evento.

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Rafael Bucco

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