TIM vai ampliar a aposta em banda larga fixa por LTE

TIM Brasil usa o 4G para entregar banda larga fixa a clientes de classes média e baixa que não tinham acesso fixo à internet. Empresa quer expandir FTTH para além de Rio e São Paulo, mas vai priorizar investimentos na rede nacional de transporte.

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A diretoria da TIM Brasil se disse satisfeita com a evolução da banda larga fixa por LTE (tecnologia WTTx) vendida pela companhia. Lançado em 2017, o serviço terminou o ano funcionando em 16 cidades brasileiras, com ofertas de navegação com velocidades de 2 Mbps e 4 Mbps, e franquias de 50 GB e 80 GB.

A empresa não revela quantos assinantes o produto adquiriu. Mas explicou que atendeu a uma demanda reprimida, facilitando o acesso em áreas onde não havia serviços de banda larga. Segundo Stefano De Angelis, CEO da TIM Brasil, 83% dos assinantes não tinham nenhum plano de banda larga antes da contratação do Live TIM por WTTx. Quase a totalidade dos clientes são de classe média e baixa.

O executivo afirma, ainda, que o índice de satisfação é positivo: 76% dos usuários estão satisfeitos com a oferta, enquanto a média do setor de provimento de banda larga é de 57%. Ele também afirma que a decisão de impor franquia se mostrou bem dimensionada. “A maioria, 90% dos usuários, não ultrapassa a franquia”, afirmou durante conferência dos resultados de 2017 com analistas.

Com isso, ele disse que o conceito de WTTx, que usa o espectro de 700 MHz e o LTE para entregar a conexão, passará do “soft launch” atual para uma expansão mais acelerada. A empresa chegou a 3 mil cidades cobertas por LTE (4G), o que deve contribuir para a expansão da oferta da modalidade de banda larga fixa pelo ar.

Expansão da fibra óptica

De Angelis também comemorou os resultados da Live TIM por fibra óptica (FTTH). A empresa opera com a tecnologia em São Paulo e Rio de Janeiro, e já passou fibra por 50 mil domicílios e tem 1 mil assinantes. Antes, o Live TIM se baseava em tecnologia FTTC, em que a fibra chegava próximo à casa do cliente, mas o acesso se dava por cabo de cobre.

Segundo o executivo, a operadora vai expandir a rede FTTH, como já antecipado pelo Tele.Síntese, mas devagar. O foco em 2018 será a expansão do backbone e do backhaul de fibra óptica. A ideia é levar rede óptica de transporte a mais cidades, para depois pensar no modelo ideal de crescimento da banda larga nos novos locais.

“Temos abordagem não de fazer planos de cobertura de 50, 100 cidades. Vamos entrar em novas cidades e ampliar a cobertura em São Paulo e Rio de Janeiro. Mas será um investimento gradual, que vamos comunicar em março”, avisou.

Segundo De Angelis, o FTTH é um investimento inevitável, que vem sendo praticado por todo o setor. Para ele, a Live TIM deve ter um forte crescimento em receita em 2018. Por ainda ser um serviço novo na empresa, não deve tomar grande fatia da receita. Atualmente, significa 2% das vendas da operadora, e deve terminar o ano em 3%.

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Rafael Bucco

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