Tim terá recarga via Pix

A operadora aposta em melhorias para o cliente com o novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, que entrará em operação no dia 16 de novembro

A TIM oferecerá recarga do celular via Pix, segundo anunciou hoje, 6, Renato Ciuchini, VP de de estratégia e transformação da operadora durante live sobre a transformação do sistema de pagamentos no Brasil realizada pela operadora.

Ele aposta em melhorias para o cliente com a entrada em operação do Pix, redução de custos para a empresa. “O custo das operadora entre a arrecadação de faturamento e a comissão da recarga gira em torno de R$ 1 bilhão por ano, com o Pix isso poderia ser revertido em benefício para o consumidor”, disse.

Inclusão

A maior expectativa em torno do novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, que entrará em operação no dia 16 de novembro, é criar inclusão para que as camadas mais frágeis da sociedade tenham acesso a meios de pagamentos digitalizados e dessa forma sejam menos submetidos a riscos de assaltos, disse João Manoel Pinho de Mello, diretor do Banco Central.

Para Mello uma das principais vantagens do Pix é a liquidação de informação sobre a transação que vai trazer um custo social significativo para o país. Como exemplo citou o acordo de cooperação que o Banco Central fechou com a Aneel para que a conta de energia elétrica traga o QR Code. Dessa forma, o usuário que teve sua luz cortada por falta de pagamento poderá restabelecer a energia no momento em que quitar a fatura, sem precisar esperar dois dias, como ocorre hoje.

Experiência lá fora

Sobre a mudança de cenário competitivo do país com a entrada em operação do Pix, Bernardo Piquet, head de políticas públicas da Stone, acredita que a plataforma funciona como um denominador comum e as empresas terão que disputar o usuário agregando valor aos serviços. Piquet ressaltou a importância do papel do participante direto ao permitir que empresas não ligadas diretamente ao Pix possam oferecer serviços de uma forma menos onerosa.

O sistema de pagamento instantâneo brasileiro que conta com apoio governamental, interoperabilidade e quebra do monopólio de dados seguiu estrutura semelhante aos modelos implementados na Índia e Tailândia, segundo Carlos Ragazzo, professor da FGV. “A Índia desencadeou o processo de inclusão digital por meio do Pix onde são realizados atualmente US$ 1 bilhão mensal em pagamento instantâneo”, disse Ragazzo.

Na Tailândia, que é um país muito focado em pagamentos via dinheiro, a metade da população já aderiu ao sistema de pagamento instantâneo. Enquanto o modelo chinês baseou-se na criação de uma plataforma de pagamento para viabilizar o e-commerce. Em 2011, quando foi lançado, apenas 4% dos pagamentos eram feitos por smartphones, hoje 100%.

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Vera Franco

Jornalista com atuação em tecnologia e negócios e experiência internacional como correspondente baseada em New York para jornais e revistas da grande imprensa e da mídia especializada. Formada pela PUC/ RJ, com especialização em Stanford University e MBA em Marketing ESPM/SP

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