TIM: restrição a fornecedores no país, se houver, não pode ser retroativa

Executivos da TIM ressaltam que até o momento governo não sinalizou com banimento e defendem saída "industrial", ou seja, que o mercado seja livre para escolher.

A TIM está acompanhando de perto as movimentações do governo brasileiro acerca de um possível banimento da fabricante Huawei do mercado local. Até o momento, nenhuma decisão foi tomada. Mas a tele vem defendendo que não haja restrições a nenhum fabricante, muito menos que isso afete as redes já instaladas.

“Estamos em contato constante com instituições e reguladores, e até o momento não existe decisão nesse sentido. Defendemos que a melhor solução será industrial”, afirmou hoje, 4, Mario Girasole, VP sênior de regulatório da operadora. Ele participou da conferência dos resultados do terceiro trimestre com analistas, ocorrida nesta manhã.

Há o temor entre executivos de telecomunicações que o governo Bolsonaro ceda às pressões dos Estados Unidos pelo banimento da gigante chinesa do mercado local. Na hipótese de confirmação de banimento, a TIM considera que seria restrito à chegada da 5G.

“Não acreditamos que terá retroatividade. Então não vemos qualquer ameaça. Nenhum país vai mandar desmontar o que existe porque esse custo seria todo repassado para a base de clientes. E no momento, a conectividade se tornou essencial para a vida pessoal e profissional. Para o futuro, a solução pode ser a adoção de OpenRAN nas redes 5G standalone, em que enxergamos uma oportunidade para o país”, afirmou Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil.

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Rafael Bucco

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