Segundo Leonardo Capdeville, CTO da TIM, dentro de um mês a operadora deverá concluir a negociação de preço – que ficou mais dura devido ao aumento do dólar – com os três fabricantes com os quais fez os testes – Ericsson, Nokia e Huwaei. Ao mesmo tempo em que negocia o fechamento do contrato com os vendors, busca parcerias com empresas que têm estrutura nos grandes centros urbanos para instalar estas pequenas estações.
“Estamos negociando os postes com as elétricas, as placas de sinalização e mobiliários urbanos com as prefeituras e locais de fixação com as grandes redes varejistas, como os postos de gasolina”, explica ele. O executivo adoraria que o preço pelo uso dos postes das elétricas acertado pela Anatel e Aneel – de pouco mais de R$ 3,00 – pudesse também se estender para a instalação desses equipamentos.”O preço regulado é só para o ponto de fixação do fio. Quem dera pudéssemos chegar a este valor também para as células”, afirma. Mas ressalta que esta tecnologia só se viabilizou após a desoneração tributária do Fistel (fundo de fiscalização das telecomunicações), medida aprovada pelo Congresso Nacional e já sancionada por Dilma.
Segundo o executivo, os centros congestionados das megalópolis são as principais áreas que irão acolher essas pequenas células outdoor, que podem ter capacidade de até 10 Watts. Essas células irão “puxar” o forte tráfego de dados que é produzido nesses enormes conglomerados urbanos. “Quando a rede perde a capacidade, detona a qualidade”, frisa.
Capdeville explica que a aposta nesses equipamentos se insere dentro do projeto Mobile Broadband – já anunciado pela empresa quando divulgou o aumento nos investimentos no mercado brasileiro para os próximos três anos-, que tem como foco reforçar a rede de dados (que inclui investimentos em backbone, bakchual, CDN,e última milha) em 1,1 mil municípios brasileiros, aqueles que mais geram consumo para a empresa.
4G
A TIM, que no passado já havia mudado sua estratégia de investimento, ampliando sensivelmente a alocação de recursos para a rede 3G e não mais para a 2G, deverá,no próximo ano, já ter suplantado o CAPEX em 4G e, para em 2017 planeja estar investindo pelo menos 70% de seus recursos na rede 4G. “ O tsunami de dados não para”, conclui Capdeville.