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TIM prepara refarm de 2,1 GHz em BH, Curitiba e Florianópolis

Redestinação da frequência não exigirá mudanças de equipamentos, apenas atualização de software nas ERBs. 80% da base de clientes têm celular compatível com o espectro de 2,1GHz em 4G.

A TIM prepara o refarm do espectro de 2,1 GHz nas cidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). A intenção da companhia é finalizar a redestinação da faixa de frequência até o final do primeiro trimestre de 2019.

O CTO da operadora, Leonardo Capdeville, explicou durante conferência de resultados com analistas nesta manhã que o modelo de transição será o mesmo adotado no Nordeste. Na região, a TIM já tem 180 cidades onde os 2,1 GHz são usados no LTE (4G), e a migração aconteceu de modo transparente ao usuário, apenas executando-se atualização de software das estações radiobase.

Fortaleza foi escolhida como o caso de sucesso a ser seguido. Ali o refarm resultou em ampliação de 50% no throughput (velocidade do tráfego de dados), usando-se apenas 10 MHz da faixa de 2,1 GHz. “O equipamento é o mesmo, só fazemos a movimentação em termos de software. Então é um lançamento rápido. E agora estamos passando do NE para Sul e Sudeste também”, diz.

Ele destaca que mais de 85% da receita móvel da companhia já vem de dispositivos 4G, e que 80% da base de usuários tem dispositivos compatíveis com os 2,1 GHz. Com a redestinação de faixas, a operadora poderá fazer agregação de portadoras usando espectro de 1,8 GHz, 800 MHz e 700 MHz.

Menor churn

Segundo Sami Fogel, CEO da TIM, o investimento no refarm, acompanhado de melhorias no atendimento são partes fundamentais da estratégia da empresa para os próximos dos anos. Recém chegado à companhia, Fogel escolheu como prioridade melhorar a experiência do consumidor e a redução do churn. Além do reforço da rede móvel, ele diz que haverá aperfeiçoamento do atendimento online, com aprimoramento do autosserviço.

Ele não descarta qualquer movimento de consolidação como parte do caminho para atingir o objetivo de melhorar e expandir sua rede, especialmente no mercado fixo. Mas prefere não comentar possíveis fusões com Nextel ou Oi. A compra da Nextel passou a ser uma possibilidade na última semana, com aval da Anatel ao aumento do limite de espectro detido pelas operadoras brasileiras. Com a Oi, são rumores que circulam há anos.

Sucinto, Fogel apenas ressalta: “Será que faria sentido a fusão com uma delas? Será que estão avaliadas com os valores corretos?”.

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