TIM nega exclusão da Huawei de sua rede 5G

Operadora diz que fará concorrência tendo como critérios qualidade, preço e regras estabelecidas pelo governo brasileiro.

A agência de notícias Reuters noticiou nesta quinta-feira, 9, que a Telecom Italia teria iniciado processo de compra de equipamentos para redes 5G que serão implantadas na Itália e no Brasil, onde é dona da TIM.

Foram convidadas para a concorrência as fornecedoras Cisco, Ericsson, Nokia, Mavenir e Affirmed Networks. Mas a Huawei teria ficado de fora. Duas fontes que não quiseram se identificar, foram ouvidas. O texto é assinado pela equipe de Milão da agência de notícias.

Procurada pelo Tele.Síntese, a TIM Brasil desmentiu a notícia:

“A TIM Brasil informa que, ao contrário do que foi divulgado recentemente, ainda não tem definidos os fornecedores de equipamentos para o sistema 5G. A empresa fará seu processo de compras, sempre norteado por critérios de alta qualidade e preços competitivos, seguindo as regras definidas pelas instituições brasileiras”.

Vale destacar que o Brasil ainda precisa definir a data para um leilão de espectro que será usado em redes 5G. O certame não ocorrerá antes de 2021. Sem isso, dificilmente uma empresa poderia definir quais fornecedores precisará. O governo também ainda não definiu se vai impedir a Huawei de participar da construção das redes móveis de quinta geração. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, que vem sendo pressionado pelo governo dos Estados Unidos a banir a fabricante chinesa, uma decisão virá com base em quesitos de soberania nacional e política externa.

A lista de empresas citada pela agência de notícias é interessante, no entanto, pela presença de fornecedores de sistemas virtualizados e de soluções para redes de acesso desagregadas (OpenRAN), como Mavenir e Affirmed Networks, que neste ano foi comprada pela Microsoft.

A TIM tem, de fato, projeto de Open RAN prestes começar no país, em parceria com o Inatel e está em busca de participantes. Até o momento, o movimento Open RAN, capitaneado pela O-RAN Alliance, não conta com a participação da fabricante chinesa.

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Rafael Bucco

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