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Leilão

TIM não vai disputar os 2,3 GHz

Pietro Labriola afirma que operadora vai comprar espectro em 3,5 GHz no próximo leilão da Anatel e acha "interessante" também investir nas ondas milimétricas de 26 GHz para usar em redes de transmissão de alta capacidade

O CEO da TIM, Pietro Labriola, afirmou que a empresa não tem interesse em adquirir as frequências de 2,3 GHz nem de 700 MHz no próximo leilão da Anatel. O executivo falou hoje, 1º, durante evento da companhia com jornalistas e analistas, no qual foram apresentados detalhes do plano industrial do grupo até 2023.

Segundo ele, a TIM enxerga valor complementar para a 5G no espectro de 3,5 GHz e também na faixa de ondas milimétricas em 26 GHz. Essas frequências também serão vendidas no próximo leilão da Anatel.

Para Labriola, a 3,5 GHz será a frequências fundamental para implantação da 5G plena no Brasil. Já os 26 GHz serão usados para fins de construção da backhaul, uma vez que, afirmou, as soluções para consumidor final na frequência ainda dependem de modems muito caros e grandes.

“Não acreditamos que as ondas milimétricas possam ser consideradas por enquanto verdadeiramente móveis, mas têm soluções de backhaul que, para um país do tamanho e complexidade do Brasil podem ser interessantes”, resumiu.

Apesar de Labriola falar que não há interesse nos 700 MHz, a empresa já não poderia comprar o espectro. Pelas regras do edital aprovado na última semana, nenhuma empresa que já detém a frequência poderá disputá-la. É o caso da TIM, assim como de Claro e Vivo.

Partilha de infraestrutura

Durante o evento, os executivos da TIM afirmaram também que a empresa pretender compartilhar o que for possível em termos de infraestrutura 5G a fim de reduzir custos. Labriola ressaltou que o compartilhamento é uma tendência de mercado, e que a empresa já faz isso desde 2013, quando fechou acordo de RAN sharing com a Oi no espectro de 2,6 GHz.

Recentemente, a empresa iniciou um acordo amplo de compartilhamento de infraestrutura, RAN Sharing e rede única com a Vivo.

Conforme Mario Girasole, vice-presidente de Regulatório da TIM, o edital permite o compartilhamento de rede para atendimento de compromissos existentes. Caberá a cada participante decidir o quanto dessa prática pretende atingir.

“Há o compartilhamento de infraestrutura, de transmissão, de acesso, qual compartilhar serão avaliações que os vencedores acabarão fazendo”, ressaltou.

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