TIM estuda diferenciar planos 5G por preço e tecnologia

Executivos apontam diferença entre o uso do 5G DSS e do 5G Standalone. Também apontam necessidade de uma forma de acesso 5G "para todos os clientes", e outra para quem faz uso "mais sofisticado" da conexão.
TIM estuda diferenciar planos 5G por preço e tecnologia
Crédito: Freepik

Executivos da TIM deram pistas hoje, 8, de que a empresa vai ter ao menos dois modelos de precificação de planos 5G para o consumidor final. Haverá uma oferta padrão, para todos os clientes, e outra para quem faz um uso “mais sofisticado” da banda larga móvel, como explicou Alberto Griselli, Chief Revenue Officer da empresa. A empresa avalia ter cobrança diferente entre o acesso DSS e o 5G Standalone.

Os executivos evitaram dar detalhes para não antecipar a estratégia da empresa aos concorrentes durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Mas o CEO, Pietro Labriola, ressaltou: “Ter o 5G DSS, uma antena em cada cidade, é diferente de colocar 5G SA. O valor é outro. Dá pra ter o mesmo preço? Não vamos abrir a estratégia, mas o mundo funciona com diferentes níveis de serviço”.

Alberto Griselli, concordou. “Tem várias variáveis para construir diferentes pacotes de serviço a diferentes consumidores. Hoje o DSS está disponível em poucos bairros. Na medida em que a cobertura de 5G avança, a tecnologia nos permite combinar funcionalidades e construir planos tarifários que endereçam as necessidades de diferentes tipos de clientes. Permite criar algo para todo mundo e ter algo mais sofisticado para clientes mais sofisticados. Nosso exercício é entrar agora nas capitais”, pontuou.

Frequências

O CTIO da operadora, Leonardo Capdeville, disse que a estratégia da empresa também vai tratar de formas distintas as diferentes frequências adquiridas no leilão realizado pela Anatel em novembro. Segundo ele, os lotes arrematados na faixa de 2,3 GHz serão utilizados para complementar a capacidade de transmissão de dados da rede 4G.

“2,3 GHz é um espectro oportunístico para a TIM. Não terá o mesmo papel da faixa de 3,5 GHz. A oportunidade é ter 2,3 GHz no Sudeste e Sul, onde temos market share significativo, para fazer o offload do 4G”, disse. Segundo ele, a maioria dos celulares conectados à rede da companhia é compatível com a faixa.

Os 100 MHz comprados na banda de 3,5 GHz serão “decisivos para o futuro da TIM”, afirmou. Ou seja, a faixa é a menina dos olhos, aquela em que a companhia vai investir mais para entregar os serviços mais velozes e variados no médio prazo.

Já os 26 GHz, serão utilizados em serviços 5G. Ele descartou o uso em larga escala das faixa de 26 GHz. “O mmWave é uma aposta fundamentada. No passado já reutilizamos o espectro com serviços que não existiam na época em que foram comprados. Neste momento vemos uso massivo do mmWave? Não. Mas no futuro, veremos. Então acho que agora temos esperar a evolução do uso desse espectro no mundo”, disse.

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Rafael Bucco

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