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TIM Brasil assume investimentos no país

Cotroladora Telecom Italia deixará de financiar investimentos no Brasil, que serão totalmente sustentados pela operação local. Operadora brasileira vai cortar R$ 100 milhões em despesas trabalhistas por ano, até 2018.

A TIM Brasil passará a financiar os investimentos realizados no país, anunciou Marco Patuano, CEO da Telecom Italia, ao comentar o plano trienal do grupo para o período que termina em 2018. A Telecom Italia controla a TIM. Segundo o executivo, a operação brasileira chegou em um momento de virada, em que se aproxima do retorno ao crescimento de receitas e lucros. Nos próximos três anos, a TIM vai investir pouco menos de R$ 14 bilhões.

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Rodrigo Abreu, CEO da TIM Brasil (Divulgação)

Rodrigo Abreu, CEO da TIM Brasil, traçou mais alguns detalhes dos planos para o período. Segundo ele, 2016 será um ano difícil devido a questões macroeconômicas. “A ênfase do plano de investimentos será continuar o que iniciamos ano passado. Nossas projeções mostram uma piora do mercado este ano, e a intenção é proteger os resultados”, resumiu.

Entre as medidas para preservar receita em meio à desconexão de usuários – a operadora prevê retornar ao patamar de 60 milhões de acessos móveis, atualmente tem 66 milhões -, queda de receita com VU-M, inflação e desvalorização está o programa de redução de despesas. Segundo Abreu, haverá corte de pessoal e ampliação das terceirizações.

“O plano de eficiência atingirá R$ 1 bilhão em economias até 2017. Este plano continua. Os custos trabalhistas são muito impactados pela inflação, portanto definimos a meta de reduzir em R$ 100 milhões por ano, a partir deste ano, estes custos”, comentou. Ele confirmou, ainda, o início da tendência de redução dos investimentos a partir do próximo ano. Mas não detalhou a quantidade de cortes, quando, ou quais serviços serão terceirizados.

Entre as prioridades estratégicas, Abreu citou o reposicionamento da companhia em qualidade de rede, com novas ofertas de dados, inovação e serviços de valor agregado. Afirmou que vai defender o valor da base pré-paga, saindo do modelo de market share para o de revenue share. Também fará ações para ganhar clientes de maior valor no pós-pago, estabilizar o mercado corporativo e voltar a crescer entre pequenas e médias empresas. Em todos os casos, a tecnologia fundamental será o 4G.

Consolidação
Patuano comentou brevemente os rumores de que a Telecom Italia trabalha para fundir a operação brasileira à concorrente Oi. Segundo ele, mudanças regulatórias são boas notícias, mas mesmo que elas aconteçam no Brasil, ainda haveria mais condições a analisar.

“Hoje não temos qualquer negociação [para uma consolidação no Brasil]”, voltou a dizer. E completou: “Se a regulação caminhar na direção adequada, a preocupação então cairá sobre os ativos industriais. Quanto mais o tempo passa, menos investimentos a outra empresa é capaz de fazer”, falou. O executivo ressaltou que se um acordo do tipo não for claramente positivo para a Telecom Italia, a TIM Brasil, para os acionistas e também para a outra empresa, não acontecerá.

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