Testes iniciais do Real Digital começam nesta segunda, 5

Os testes iniciais se estendem até janeiro de 2023. Para o segundo trimestre de 2023 está planejada a fase de pilotos, diz o Banco Central.
Testes iniciais do Real Digital começam nesta segunda, 5 - Crédito: Divulgação BC
Crédito: Divulgação BC

Começa nesta segunda-feira, 5, o LIFT Challenge, como são chamados os testes do Real Digital, onde as principais questões relativas à implantação da moeda digital CDBC (do inglês, Central Bank Digital Currency) serão discutidas e amadurecidas.

O LIFT Challenge é uma edição especial do LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), realizado pela Fenasbac, em parceria com o Banco Central. O desafio reuniu participantes do mercado interessados em desenvolver um produto minimamente viável (MVP) que atenda ao foco da edição, o Real Digital.

E a edição especial atraiu 43 empresas, não apenas do Brasil, mas também de sete outros países (Alemanha, Estados Unidos, Israel, México, Portugal, Reino Unido e Suécia). Dos 47 projetos apresentados, nove foram selecionados para acompanhamento, ou seja, cerca de 20% das propostas.

Os nove projetos selecionados pelo Lift Challenge Real Digital utilizam contratos inteligentes, uma ferramenta baseada na tecnologia blockchain que proporciona à CBDC brasileira ser uma forma de “dinheiro programável”.

Os projetos selecionados foram apresentados pelas empresas e consórcios: Aave; Santander; Febraban; Gieseck + Devrient; Itaú Unibanco, B3 e R3; Mercado Bitcoin, Bitrust, ClearSale e CPqD; Tecban e Capitual; Vert, Digital Assets e Oliver Wyman; Visa do Brasil, ConsenSys e Microsoft. Conheça os projetos (clique aqui).

As propostas serão testadas em fases. Nesta segunda, 5, começam os testes iniciais, que se estendem até janeiro de 2023. “Para o segundo trimestre de 2023 está planejado o início da fase de pilotos, que irá até o segundo semestre de 2024”, informou o Banco Central.

O Lift Challenge vai avaliar o uso de aplicações de entrega contra pagamento (DvP), pagamento contra pagamento (PvP), Internet das Coisas (IoT), finanças descentralizadas (DeFi) e soluções de pagamento digital off-line, quando pagador, recebedor ou ambos.  Todas usam os chamados smart contracts, contratos digitais armazenados em blockchain que fazem a liberação automática do pagamento mediante registro ou entrega do produto ou serviço.

“Em cada uma dessas categorias, escolhemos ao menos um projeto, buscando as propostas que pareceram ao comitê facilitar mais a compreensão dos requisitos que serão necessários para a plataforma do Real Digital que será desenvolvida para a fase de projetos piloto”, explica Fabio Araujo, da Secretaria Executiva (Secre) do Banco Central.

Bancos centrais de quase 80 países – que correspondem a mais de 90% do PIB mundial – estão envolvidos com projetos de moedas digitais. “Esse movimento, no qual a inciativa do Real Digital se enquadra, faz parte da transformação digital pela qual vem passando nossa sociedade. Todos estão procurando definir esse espaço e determinar como uma moeda digital de banco central pode ajudar a trazer novas funcionalidade para os cidadãos”, completa Fabio.

(com assessoria)

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Redação DMI

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