Teste de WiFi 6E em novo estádio do Atlético-MG atinge velocidade de 1,4 Gbps

Para upload, velocidade foi de 1,2 Gbps, com latência de 10ms, informou a Nexa Tecnologia; experimento contou com as presenças do ministro das Comunicações e do superintendente executivo da Anatel
Teste de WiFi 6E foi realizado na Arena MRV, o novo estádio do Atlético-MG
Arena MRV, novo estádio do Atlético-MG, recebeu teste de WiFi 6E (crédito: Atlético-MG/Divulgação)

O novo estádio do Clube Atlético Mineiro, a Arena MRV, foi palco de um teste de Wifi 6E na faixa de 6 Ghz. O experimento, conduzido pela Nexa Tecnologia na quarta-feira desta semana, 21, atingiu velocidades de download de 1,4 Gbps e de upload de 1,2 Gbps, com latência de 10ms (milissegundos).

O piloto faz parte do projeto de implementação da rede WiFi no novo estádio do clube mineiro, que deve passar a receber jogos oficiais no segundo semestre deste ano.

Segundo a Nexa, para os testes, foram instalados pontos de acesso da série Cisco Catalyst 9166, equipamentos recém-homologados no País pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O diretor de Tecnologia da Nexa, Sergio Eler Costa, aponta que o novo padrão de WiFi deve reduzir as interferências, entregar maiores velocidades aos usuários e permitir o uso de tecnologias como realidade aumentada e transmissão de vídeos em resolução 8K.

“A Arena MRV adotou um equipamento WiFi muito moderno, robusto e desenhado para ambientes com alta concentração de pessoas, como estádios e aeroportos. Foi o primeiro teste dessa tecnologia nos estádios na América Latina”, disse Costa, em nota, como noticiado pelo Tele.Síntese em abril.

O teste foi acompanhado pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e pelo superintendente executivo da Anatel, Abraão Balbino. Vale lembrar que o órgão regulador destinou toda a faixa de 6 Ghz para o uso do WiFi, medida contestada, sobretudo, por operadoras móveis. A agência, inclusive, já permitiu a realização de um teste de WiFi 6E em ambiente externo (outdoor) em São Paulo.

Infraestrutura

A rede de internet sem fio que está sendo implementada na arena em Belo Horizonte utiliza as mesmas tecnologias adotadas em alguns dos estádios da NFL, a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos. As principais inspirações são o SoFi Stadium, em Los Angeles, e o Allegiant Stadium, em Las Vegas.

No caso do estádio do Atlético-MG, o projeto prevê suporte para 46 mil pessoas conectadas simultaneamente, com capacidade para transmissão em alta velocidade de vídeos 4K, realidade aumentada e streaming. As emissoras de rádio e TV também poderão fazer uso da rede.

A Nexa informou que a Arena MRV conta com mais de 800 pontos de acesso de alta densidade, dos quais 285 são de um modelo específico para ambientes com alta concentração de pessoas.

Também participam do projeto do WiFi 6E as entidades Abramulti, Apronet, RedeTeleSul, InternetSul, Apims e Abranet.

Arenas conectadas

Na quinta-feira desta semana, 22, a Ligga Telecom anunciou que adquiriu os naming rights do estádio do Athletico. Com isso, o estádio mais conhecido como Arena da Baixada passa a se chamar Ligga Arena. A nova nomenclatura entra em vigor neste sábado, 24, e tem validade contratual de 15 anos.

Em comunicado, a operadora destacou que tem o objetivo de tornar o estádio do clube paranaense a “arena multiuso mais conectada, inovadora e inteligente do Brasil”. Em coletiva de imprensa, o CEO da Ligga, Adeodato Volpi Netto, sinalizou, no entanto, que prover conectividade de qualidade a ambientes com alta concentração de pessoas é um desafio. Ainda assim, disse que a empresa buscará conectar o lado interno do estádio.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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