Tentativas de ransomware no país excedem 33 milhões

Brasil fica atrás somente dos EUA, da Alemanha e do Reino Unido no ranking dos 10 principais alvos globais de ransomware.
Tentativas de ransomware no país excedem 33 milhões em 2021 - Crédito: Freepik
Crédito: Freepik

Relatório SonicWall de Ameaças Cibernéticas 2022 revela que o Brasil fica atrás somente dos EUA, da Alemanha e do Reino Unido no ranking dos 10 principais alvos das gangues digitais. O país foi pesadamente atingido também por Malware: houve um aumento de 61.144% desse tipo de ataque: o número saltou de 130.759.016 ataques de Malware em 2020, para 210.710.247 ataques em 2021.

Especialistas da SonicWall detectaram mais de 623 milhões de tentativas de ransomware em todo o mundo – um aumento de 105%. Desde 2019, o volume de ransomware cresceu 232%. Essas são algumas das principais conclusões do Relatório SonicWall de Ameaças Cibernéticas 2022.

O relatório semestral expõe uma ascensão meteórica e constante com 623,3 milhões de ataques globalmente. Quase todas as ameaças monitoradas mostram que os ataques cibernéticos e assaltos digitais maliciosos aumentaram em 2021. Isso inclui ransomware, ameaças criptografadas, malware na IoT e cryptojacking.

“Quanto mais a dependência da informação tecnológica aumenta, mais os ataques cibernéticos se tornam atrativos e potencialmente desastrosos”, disse o Presidente e CEO da SonicWall, Bill Conner.

Brasil é o 4º maior alvo

Arley Brogiato, Diretor da SonicWall América Latina destaca que a acelerada digitalização da economia da região aumentou, também, a superfície de ataques. O Brasil, com mais de 33 milhões de tentativas de invasões, é o quarto país a mais sofrer ataques de ransomware.

“Estamos atrás somente dos EUA, da Alemanha e do Reino Unido. Em 2020, o Brasil havia ocupado o nono lugar nesse ranking, com 3.800.000 ataques de ransomware. O salto para a quarta posição ao longo de 2021 revela o altíssimo grau de vulnerabilidade do nosso país a esse tipo de tentativa de invasão”, alerta Brogiato.

Nesse ranking estão inclusos outros países da América Latina. Com mais de onze milhões de hits, a Colômbia está em sétimo lugar; o México, alvo de sete milhões de ataques de ransomware, ficou na décima posição.

O Brasil se destaca, também, como um grande alvo de Malware. Houve um crescimento de 61.144% nesse quesito. Em 2020, o Brasil sofreu 130.759.116 ataques desse tipo. Em 2021, essa marca subiu para 210.710.247 ataques de Malware. “Esses números revelam que o Brasil está constantemente sob ataque. Isso é feito por meio do uso de diferentes estratégias criminosas. Para vencer esse quadro, é necessário somar as mais avançadas soluções de segurança digital ao contínuo investimento na transformação da cultura das empresas”, diz Brogiato.

Ransomware avança 105%

Os pesquisadores do SonicWall Capture Labs rastrearam o aumento meteórico de ransomware, chegando a um recorde de 318,6 milhões a mais de ataques de ransomware do que em 2020. Isso significa um aumento de 105%. O volume de ransomware cresceu 232% desde 2019.

Os ataques de ransomware de alto perfil afetaram empresas, governos municipais, estaduais e federais, escolas, hospitais e pessoas. Ataques atingiram as cadeias de fornecimento, causando um alto tempo de inatividade do sistema, perdas econômicas e danos de reputação. Acompanhando as tendências globais, todas as verticais encararam grandes aumentos do volume de ransomware, incluindo o governo (+1.885%), saúde (755%), educação (152%) e varejo (21%).

“Os ataques às redes atingiram um ponto insustentável em 2021”, disse o Vice-Presidente de Arquitetura da Plataforma da SonicWall, Dmitriy Ayrapetov. “Ransomware, cryptojacking, exploração de vulnerabilidades, phishing e outros ataques continuam a atormentar organizações por todo o mundo e sobrecarregam as equipes de segurança. É muito importante entender a distribuição desses ataques e porque eles continuam tendo tanto sucesso, além de conhecer os condutores e as tendências por trás deles”, adverte.

(com assessoria)

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Redação DMI

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