Telebras fornecerá infraestrutura de rede da Campus Party no lugar da Telefônica

Estatal fornecerá link de 40 Gbps. Outra operadora, a TIM, também passa a integrar o rol de patrocinadores.
Foto da última edição da Campus Party realizada no Recife (Foto: Divulgação / Jessica Pimentel)
Foto da última edição da Campus Party realizada no Recife (Foto: Divulgação / Jessica Pimentel)

A Telefônica Brasil não vai mais patrocinar a Campus Party, encontro de usuários de tecnologia, que este ano acontece a partir do dia 26, no Anhembi, em São Paulo. A operadora era a principal patrocinadora havia oito anos. Além de bancar parte do evento, era responsável pela infraestrutura de rede e por fornecer um link de 50 Gbps, usado pelos 8 mil “campuseiros” – as pessoas que acampam no local e participam das atividades.

A função de conectar estes heavy users de tecnologia agora caberá à Telebras. A estatal fornecerá um link de 40 Gbps e toda a infraestrutura de internet. O anúncio do novo patrocinador foi feito hoje, 14, pelo Instituto Campus Party, que organiza o evento.

Além da Telebras, a organização anunciou também o fechamento de mais 25 parcerias, em cotas de patrocínio e apoiadores. Outra operadora, a TIM, passa fazer parte do grupo de patrocinadores “Platinum”, ao lado da rede de ensino de idiomas Wizard e da empresa de pagamentos Visa. Ford, Fundação Vanzolini, Nic.br, Paypal, Submarino e Universidade de Guarulhos estão entre os patrocinadores “Gold”. Prefeitura Municipal de São Paulo e Sebrae darão apoio institucional.

Segundo Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party, a saída da Telefônica foi negociado ainda ano passado, pouco após o término da última 2015 do evento. “A gente saiu a procurar alternativas, e fizemos uma parceria com a Telebras para a conectividade. Imediatamente o Jorge Bittar, presidente da Telebras, se colocou à disposição”, conta Farruggia.

Pelo contrato, todo o patrocínio da estatal virá na forma da cessão dos equipamentos, gestão da infraestrutura de rede e disponibilidade da conexão, sem contrapartida financeira. “Este link de 40 Gbps é suficiente para atender a uma cidade de 1 milhão de habitantes”, ressalta. 

Farruggia diz, ainda, que embora as edições brasileiras da Campus Party tenham sido patrocinadas por muitos anos pela Telefônica Brasil, outras operadoras também envolvam na iniciativa. “Nos Estados Unidos, o patrocinador será a AT&T. No México, negociamos com a Claro. Teremos uma edição na Itália, onde estamos conversando com a TIM”, exemplifica. Ele conta que a edição paulista ainda é considerada a maior do mundo, e custa cerca de R$ 10 milhões para ser realizada.

A intenção é levar a conectividade da Telebras e o patrocínio da TIM, e dos demais patrocinadores, a todas as edições. “Com a TIM fechamos contrato no finalzinho de 2015 e estamos conversando para ser um parceiro estratégico para o futuro”, comenta Farruggia. Caberia ao parceiro estratégico desenvolver ações que resultem em inovação e negócios dentro do evento.

Farruggia avisa, ainda, que depois dessa edição haverá outra em Brasília. O local já foi definido, mas ainda não pode ser revelado. A data ainda está em estudo. Também há conversas com a prefeitura de Porto Alegre para a realização de uma terceira Campus em 2016. A edição de Recife pode acontecer, a decisão será tomada no final deste mês. Em todos os casos, seriam eventos com menos gente, para cerca de 3 mil campuseiros. No mundo, a Campus Party reúne uma comunidade de 500 mil pessoas ligadas à tecnologia da informação, empreendedorismo e inovação.

 

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Rafael Bucco

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