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Telecom Italia: sete integrantes do conselho de administração renunciam

Arnaud de Puyfontaine, presidente do conselho da TI e CEO da francesa Vivendi, deixará o posto em 24 de abril. Giuseppe Recchi, vice-presidente, sai imediatamente.

cadeiras

A Telecom Italia comunicou hoje, 22, que sete integrantes de seu conselho de administração renunciaram aos cargos. A maioria ligada à Vivendi, empresa francesa dona de quase 25% da operadora italiana. Arnaud de Puyfontaine, atual presidente do conselho, está entre as baixas. Ele deixa o cargo em 24 de abril, quando acontece assembleia geral de acionistas.

Apenas um integrante, o vice-presidente do conselho, Giuseppe Recchi, deixa o cargo, e todos os outros que acumula na Telecom Italia, imediatamente. O que já era esperado, uma vez que ele assumirá cargo em outra empresa.

Ele era tido como o homem de confiança do governo na companhia, responsável por tocar as unidades de negócio consideradas estratégicas para a soberania nacional.

Franco Bernabé, ex-CEO da Telecom Itália, integrante do conselho de estratégia, foi indicado aos cargos que eram ocupados por Recchi, inclusive aqueles relativos à segurança nacional da Itália.

Renovação

As mudanças não param aí. Conforme o estatuto da companhia, em virtude das renúncias, todo o board, composto por 15 executivos, deverá ser renovado. Amos Genish, atual CEO da Telecom Italia, ex-CEO da Telefônica Brasil, integra o board atual da Telecom Italia. Segundo o site Bloomberg, a Vivendi vai propor que ele continue a ocupar cadeira no conselho.

As mudanças acontecem em meio a pressões do fundo Elliott por mudanças na gestão e na estratégia do grupo para os próximos anos. O fundo comprou este mês fatia de 5,75% na operadora europeia, que é dona da TIM Brasil. Qualquer acionista com 0,5% do capital poderá indicar nomes para a eleição do novo board, marcada para acontecer em 4 de maio.

Segundo o comunicado emitido ao mercado, o grupo de executivos que renunciou espera “ajudar a esclarecer e gerar confiança na governança da companhia, deixando aos acionistas a responsabilidade de formar o novo conselho”.

 

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