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Balanço

Fusão da Inwit com Vodafone multiplicou o lucro da Telecom Italia no 1º tri

Transação foi concluída em 31 de março. Quanto às receitas com serviços, grupo dono da TIM Brasil apresentou queda e reflexos da pandemia de Covid-19.

A fusão da Inwit com a unidade também de infraestrutura da Vodafone fez o lucro do grupo Telecom Italia aumentar 216% no primeiro trimestre de 2020, se comparado ao mesmo período de 2019. A companhia europeia, dona da TIM Brasil, divulgou nesta segunda-feira, 18, seus resultados financeiros.

O lucro líquido atingiu € 591 milhões e também foi impactado positivamente por menor depreciação e amortização, menores perdas financeiras e impostos. Mas o principal, € 441 milhões, veio do ganho de capital com a transação de M&A de seu braço de infraestrutura, concluída em 31 de março.

A companhia também reduziu o endividamento em € 1,8 bilhão na comparação anual, caindo a € 21,7 bilhões.

Operacional

Os dados operacionais, no entanto, mostram que o grupo italiano sentiu reflexos do desaquecimento da economia em função da crise da Covid-19. A receita de serviços caiu 6,6%, a € 3,7 bilhões. O EBITDA, lucro antes de depreciações, amortizações e impostos, encolheu 7,5% ano a ano, descontados efeitos não recorrentes, para € 1,73 bilhão.

Os resultados foram afetados pelo fechamento de lojas, inclusive no Brasil, o que retraiu a venda de aparelhos e planos. Também caiu a receita com roaming dentro da Itália e no mundo.

“No entanto, a perspectiva de médio a longo prazo é positiva, uma vez que houve forte aceleração da adoção de serviços digitais e de conectividade, que parece estar levando a Itália e fechar o gap de penetração de ultra banda larga em relação ao resto da Europa, além de reverter a tendência de substituição do fixo pelo móvel”, escreve a empresa no relatório aprovado hoje pelo conselho de administração.

O Capex para o período encolheu em € 8 milhões, para € 599 milhões. Na Itália, caiu para € 414 milhões, mas cresceu no Brasil para € 185 milhões. Em relação às receitas, passou de 13,6% para 15,1% das vendas.

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