O Conselho Diretor da Anatel aprovou hoje novos preços de remuneração das redes fixas e móveis, que começarão a cair a partir de 2016. As tarifas da rede fixa (que custam hoje em média R$ 3 centavos por minuto) vão ficar congeladas aos valores atuais até 2016, quando começam, então a ser cortadas.
E as tarifas da rede móvel – a VU-M, cujo corte começou a ser realizado há dois anos – continuarão com sua trajectória de queda por três anos, até 2019, quando a redução chegará a 90%, passando a valer R$ 2 centavos de reais, em média. Esta redução das tarifas entre as redes deverá repercutir na tarifa de público, que ficará mais barata, prevê a Anatel.
A Anatel decidiu ainda unificar os valores da VU-M por operadora com poder de mercado por área do plano de outorgas do celular. A EILD ( exploração de linha dedicada) ou oferta de banda larga no atacado também chegará ao modelo de custos, mas um ano depois, em 2020.
Rodrigo Zerbone, conselheiro relator do processo, analisou alguns mercados internacionais. E observou que Colômbia e México tiveram redução da tarifa de rede móvel entre 50% a 60% em apenas um ano. E o Peru, de 70% em 7 anos. Para o conselheiro, há ainda muita controvérsia sobre se o corte no preço da interconexão reduz os lucros e os investimentos das operadoras móveis.