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Tanure sai do conselho de administração da Pharol, acionista da Oi

Empresário, que tentou emplacar plano de recuperação alternativo na Oi em 2017, perdeu poder de voto na Pharol neste ano por "falta de transparência" dos fundos usados para comprar ações da empresa portuguesa.

O empresário brasileiro Nelson Tanure deixou, na última sexta-feira, 6, o conselho de administração da portuguesa Pharol – empresa cujo único ativo é a participação acionária de 4,94% na brasileira Oi. Ele tinha assento “não executivo” no board.

Conforme a imprensa portuguesa, o movimento antecipa os pedidos de outros acionistas da empresa de redução do número de integrantes no conselho e de destituição de Tanure. O tema está na pauta de assembleia de acionistas que acontece em 18 de dezembro.

Tanure foi responsável por uma proposta de recuperação da Oi em meio às negociações com credores pela definição dos termos da recuperação judicial da tele brasileira, ainda em 2017. Na época, comprou ações e obteve maioria no conselho da concessionária. Também comprou participação na Pharol a fim de aumentar o poder na tele fluminense.

Após brigas com outros acionistas e disputas agressivas em torno do futuro da Oi, reduziu a fatia que tinha na operadora, mas manteve as ações na Pharol. Na empresa portuguesa, continuou a tentar das as cartas, até que em agosto deste ano, depois de reclamações de outros acionistas à CMVM, xerife português do mercado de capitais, perdeu os direitos de voto por “falta de transparência” quanto à atuação dos fundos que usava para manter as ações da holding. A CMVM apurou, por exemplo, que ele chegou a ter 18% da Pharol usando diferentes fundos, embora por estatuto, a participação máxima fosse limitada a 10%. (Com noticiário internacional)

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