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Competição

Cade aprova a compra da Som Livre, da Globo, pela Sony

De acordo com relator, operação não gera preocupações concorrenciais
Crédito: Divulgação
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, na sessão desta quarta-feira, 23, a compra da Som Livre, da Globo, pela Sony Music, sem restrições. De acordo com o relator da matéria, Luiz Henrique Braido (foto), apesar de representar uma concentração de 30% no mercado de música gravada, a operação não traz preocupação concorrencial, acompanhando o parecer da Superintendência-Geral da autarquia;

Isto porque, de acordo com Braido, esse é um mercado com baixas barreiras de entrada e com redução de custos ao longo do tempo. Além disso, ressalta que as gravadoras independentes vêm crescendo e têm hoje uma participação maior do que 30%.

O conselheiro também sustenta que as Sony Music, apesar do poder de compra que aumenta com a operação, não pratica contratos de exclusividade com prazo maior do que cinco anos por artista, que não parece abusivo ou excessivo e tem justificativa econômica, que é admitida no antitruste. “A meu ver, do ponto de vista horizontal é uma operação simples”, disse.

Sobre integração vertical, Braido disse que  a Sony tem participação significativa na sincronização de músicas gravadas com filmes e jogos eletrônicos. Mas não acredita que a compra da Som Livre, de artistas brasileiros, possa aumentar essa participação. “Me parece não haver risco de fechamento de mercado”, completou.

Nos outros dois mercados analisados, de edição musical e evento musical ao vivo, a participação das empresas conjuntamente não ultrapassa de 20%, sendo de 5% no de eventos musicais. O tribunal do Cade aprovou a operação da compra da Som Livre pela Sony por unanimidade.

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