Lucro da TIM cresce 19% no 1º trimestre com avanço do pós-pago

Receita de serviços da operadora teve alta de 7,4%, alcançando R$ 5,57 bilhões; segundo a tele, estratégia de monetização da base elevou os ARPUs dos segmentos móvel e fixo no período
Lucro da TIM cresce no primeiro trimestre puxado pelo serviço pós-pago
TIM avanço no pós-pago e incrementa lucro e receitas (crédito: TIM/Divulgação)

A TIM Brasil registrou lucro líquido normalizado de R$ 519 milhões no primeiro trimestre deste ano, conforme balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 6. O resultado aponta alta de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 437 milhões). Ante o trimestre imediatamente anterior, houve baixa de 42,3% (os ganhos somaram R$ 900 milhões no quarto trimestre de 2023).

No período de janeiro a março, a receita líquida normalizada avançou 7,3%, na comparação interanual, alcançando R$ 6,09 bilhões. A receita de serviços também cresceu 7,3%, chegando a R$ 5,9 bilhões.

Responsável por quase 95% da receita, o serviço móvel avançou 7,4% no primeiro trimestre, gerando um faturamento de R$ 5,57 bilhões. A receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) móvel normalizada atingiu R$ 30,3, número que representa uma expansão anual de 8,8%. Segundo a TIM, trata-se do maior crescimento para um primeiro trimestre na história da empresa e integra a estratégia de “maior monetização da base de clientes”.

A operadora também atribui o resultado do serviço móvel ao “desempenho orgânico positivo do pós-pago”, que cresceu 7,4% no período, com o ARPU dessa modalidade chegando a R$ 42,1 (alta de 4,1%) – excluindo o segmento machine to machine (M2M), o ARPU pós-pago ficou em R$ 51 (avanço anual de 6,3%).

De acordo com a tele, o desempenho é explicado pelo reajuste das tarifas aplicado no ano passado e pela redução das taxas de desconexão para 1,1% ao mês, além da migração de clientes para planos de valor mais alto.

No caso do pré-pago, a receita teve leve avanço de 0,4%. Já o ARPU, no valor de R$ 14,6, teve um incremento de 5,4%. A TIM avalia que a modalidade foi impactada por efeitos sazonais (período de férias, carnaval e inflação de alimentos), além da migração de clientes para o pós-pago.

A TIM encerrou o primeiro trimestre com 61,42 milhões de clientes do serviço móvel (incluindo linhas de celular, M2M e PoS). Em relação ao mesmo período do ano passado, a base diminuiu 0,5%. Nos três primeiros meses do ano, a carteira pós-paga, na comparação anual, cresceu 7,8% (28,1 milhões de assinantes). Já a pré-paga encolheu 6,6%, ficando com 33,31 milhões de clientes.

A operadora fechou março com 6,16 milhões de clientes na tecnologia 5G. A rede de quinta geração, até o terceiro mês do ano, estava ativa em 266 cidades do País.

Serviço fixo

Segundo o informe financeiro da TIM, a receita do serviço fixo somou R$ 332 milhões no primeiro trimestre, alta de 5,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O produto TIM UltraFibra, principal linha da banda larga fixa, avançou 9,1%. O ARPU do serviço ficou em R$ 95,8, o maior da história da empresa.

“O resultado consistente reflete a estratégia da Companhia em focar na evolução do FTTH (Fiber-to-the-Home), que já representa mais de 90% da nossa base de clientes total da banda larga”, pontuou a TIM.

Ao fim do primeiro trimestre, a internet fixa da TIM estava disponível em 135 cidades, com o total de home passeds (casas passadas, ou seja, residências que podem assinar o serviço) totalizando 12,29 milhões (alta anual de 41,1%). A base de assinantes cresceu 10,1%, alcançando 806 mil acessos.

EBITDA, margem e capex

No primeiro trimestre, os custos e as despesas operacionais normalizados da TIM aumentaram 4,4% (R$ 3,2 bilhões). Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) normalizado totalizou R$ 2,9 bilhões, avançando 10,7%, em razão de “um sólido desempenho operacional nas principais frentes de negócio”.

A margem EBITDA normalizada, por sua vez, chegou a 47,4%, crescendo 1,4 ponto percentual na comparação anual. Segundo a operadora, o indicador recuperou “seu elevado patamar após período impactado pela aquisição dos ativos da Oi Móvel”.

O capex foi expandido em 5,1%, somando R$ 1,35 bilhão no primeiro trimestre, em função de uma “maior alocação de investimentos em infraestrutura de rede com a consolidação do 5G em novas regiões”.

No que diz respeito à tecnologia celular mais moderna, a tele informou que, no dia 30 de abril, realizou um investimento de aproximadamente US$ 15 milhões (R$ 77 milhões) no Fundo 5G, com a intenção de reforçar o seu compromisso para impulsionar e desenvolver soluções baseadas na quinta geração móvel.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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