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FCC aprova sete aplicações de AFC para operar 6 GHz nos EUA

Frequência foi destinada integralmente para uso não licenciado no território norte-americano; no Brasil, Anatel avalia dividir a faixa entre WiFi e celular
EUA aprovam sete sistemas AFC para operar faixa de 6 GHz
Sistemas AFC são necessários para evitar interferências na faixa de 6 GHz; EUA optaram por destiná-la integralmente ao WiFi (crédito: Freepik)

A Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), órgão regulador do setor de telecomunicações dos Estados Unidos, aprovou, nesta sexta-feira, 23, sete pedidos de sistemas AFC, tecnologia usada para coordenar o uso de frequências do espectro radioelétrico de forma automática, para operar na banda 6 GHz.

A decisão foi tomada pelo Escritório de Engenharia e Tecnologia da autarquia, cujas atribuições são semelhantes às da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no Brasil.

As organizações que tiveram as aplicações aprovadas são Qualcomm, Federated Wireless, Sony, Comsearch, Wi-Fi Alliance, Wireless Broadband Alliance e Broadcom.

Nos Estados Unidos, a frequência de 6 GHz foi destinada integralmente para uso não licenciado. Dessa forma, serviços de WiFi 6E e 7 podem ser ativados nesta banda tanto em ambientes internos (indoor) quanto externos (outdoor).

No Brasil, a Anatel considerava tomar a mesma decisão. Contudo, diante da pressão do setor móvel e como forma de buscar uma harmonização com parte significativa do mundo, a agência tem avaliado a possibilidade de dividir a frequência para serviços licenciados (parte alta da banda) e não licenciados (parte baixa).

A aprovação dos sistemas AFC, portanto, corrobora a decisão da FCC sobre a destinação dos 6 GHz. Acontece que, para fazer pleno uso da faixa em ambientes externos, se faz necessário impedir interferências com outros serviços. Por isso, a plataforma AFC se apresenta como solução de coordenação de frequências.

“As aprovações operacionais dos sistemas de Coordenação Automática de Frequências representa um marco importante para a implantação generalizada de operações não licenciadas na faixa do espectro de 6 GHz e para o ecossistema não licenciado em geral”, afirmou, em nota, Ron Repasi, engenheiro-chefe da FCC.

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