Oi ingressa com novo pedido de recuperação judicial

O pedido de recuperação judicial tem caráter de urgência e ad referendum da justiça. A empresa alega que não conseguiu avançar nas negociações com os credores financeiros.

Oi ingressa com novo pedido de recuperação judicial

A Oi lançou fato relevante hoje, 2 de março, comunicando ao mercado que ingressou com pedido de recuperação judicial na  7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência e ad referendum. Conforme o comunicado, a empresa não conseguiu avançar nas negociações com os credores financeiros e por isso, pelo fato de ter dívidas vencidas e o “potencial vencimento antecipado e cruzado de contratos financeiros clebrados, o pedido de recuperação judicial demonstrou-se a medida mais adequada para a Companhia e suas Subsidiárias neste momento”.

A empresa aponta ainda que  o cenário econômico-financeiro em que se encontram a Companhia e suas Subsidiárias, com dívidas vencidas e o potencial vencimento antecipado e cruzado de contratos financeiros celebrados; e  necessidade de manutenção da proteção legal contra potenciais execuções de credores e outras medidas contra a Companhia e suas Subsidiárias, forçaram a empresa a adotar a medida.

O mercado já contava com o novo pedido de recuperação, a partir do pedido aprovado pela justiça, de tutela antecipada, feito no dia 31 de janeiro. Naquele pedido,  a operadora argumentava que a estrutura de capital da Companhia continuava insustentável. Conforme a empresa, existem  R$ 29 bilhões apenas em dívidas financeiras, com os ECAs holders, bondholders e bancos nacionais, sendo que mais da metade desse valor está vinculada à moeda norte-americana, correndo o risco de majoração em razão das flutuações cambiais.

Afirma ainda que algumas premissas que havia considerado, durante a primeira Recuperação Judicial, não se concretizaram. Reclama que as “iniciativas para a adaptação das concessões de telefonia fixa, com objeto obsoleto e elevadíssima carga regulatória, ainda não foram implementadas e caminham em ritmo lento. Disso resulta um elevado consumo de recursos, decorrente dos impactos negativos da operação da concessão de telefonia fixa, que a companhia julgava, quando da 1ª RJ, já não estariam mais comprometidos no presente momento”.

Hoje

No fato relevvante de hoje, 2 de março, a empresa alega que a Recuperação Judicial  é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo da Companhia e de suas Subsidiárias. “A Companhia reafirma que continuará mantendo regularmente suas atividades, buscando a conquista de novos clientes, a operação e manutenção de suas redes e serviços, o atendimento de sua base de usuários, a contínua busca de eficiência e otimização de suas operações, sempre buscando evitar quaisquer prejuízos, descontinuidade ou intercorrência na prestação de seus serviços.”

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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