TIM tem mais antenas 5G em SP, mas Vivo cobre mais cidades

O estado de São Paulo tem 113 cidades com leis adequadas às novas redes 5G. Brasil tem 330.

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O desenvolvimento das redes móveis de quinta geração em São Paulo tem sido acirrado. TIM, Vivo, Claro e Algar ativaram antenas 5G em diferentes cidades de SP, com estratégias distintas. Ao todo, estão em uso no estado 4.094 antenas, sejam do padrão NSA, sejam do padrão SA – o mais sofisticado da quinta geração.

Os dados foram repassados por Elisabete Donato, do InvestSP, nesta terça-feira, 27, durante evento do Movimento Antene-se dirigido a políticos de cidades ainda sem legislação adequada à implantação da nova tecnologia.

Segundo ela, a TIM é a operadora com o maior número de antenas 5G ativadas: 1.829. A Vivo vem depois, com 1.178 antenas. A Claro tem 1.077 antenas no estado. E a Algar, 10. A Ligga Telecom, que adquiriu o direito de entrar no estado com espectro regional no último leilão da Anatel, ainda não iniciou seu projeto no estado paulista.

Os números mostram também diferentes estratégias por parte das empresas. A Algar, por exemplo, ativou suas antenas apenas em Franca. A Claro e a TIM atendem 47 cidades cada, mas a primeira utiliza menos antenas que a segunda, que aposta na disponibilidade maior do sinal como diferencial para atrair clientes das rivais.

A Vivo, por sua vez, atende 53 cidades com 5G, seis a mais que as concorrentes nacionais, apesar te utilizar menos antenas que a TIM. Uma estratégia ligada mais à cobertura de bairros com retorno mais alto, do que de área atendida por município.

Antenas pelo Brasil

Atualmente, o estado de São Paulo tem 113 cidades com leis adequadas às novas redes 5G. Mas é preciso muito mais, observou Donato, da InvestSP, uma vez que a Anatel já liberou o espectro de 3,5 GHz para ativação do serviço em 319 cidades.

O estado é o que tem mais antenas licenciadas 5G no Brasil, com 31% do total. Seguido por Rio de Janeiro, que tem 17%, Distrito Federal (8%), Minas Gerais (7%), Paraná (4%). Os demais estados, juntos, têm 33% das antenas autorizadas pela Anatel.

O presidente da Abrintel, Luciano Stutz, apresentou no evento dados sobre o ritmo de atualização das leis municipais em todo o Brasil. Por enquanto, contou, cerca de 330 cidades têm leis atualizadas. Das 27 capitais, 23 contam com lei específica condizente. Nestas localidades vivem 40% dos brasileiros, ou seja, 82 milhões de pessoas.

Mas é preciso mais. Ele lembrou que o sucesso do 5G depende da implantação de cinco a dez vezes mais antenas do que no 4G. Ao mesmo tempo, as operadoras assumiram o compromisso no leilão da Anatel de levar a quinta geração a TODAS as cidades do país até 2029. Ou seja, faltam leis adequadas, que permitam uma cobertura por torres ou em mobiliário urbano, em 5.240 cidades ainda.

O Movimento Antene-se apoia a edição de leis baseadas em minuta elaborada pela Anatel (disponível no site da agência). Fazem parte do movimento, além da Abrintel, as entidades Abinc, Abinee, Brasscom, Feninfra, Telcomp, CNI e Movimento Inovação Digital.

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Rafael Bucco

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