Surf oferta microcrédito em parceria com distribuidora de energia

Foco do produto são os clientes não bancarizados das classes C e D
Tatiana Rodrigues, Head de Soluções e Produtos Financeiros da Surf Telecom - - Crédito: TV.Síntese
Tatiana Rodrigues, Head de Soluções e Produtos Financeiros da Surf Telecom – – Crédito: TV.Síntese

Com uma base de cliente focada nas classes C e D, com predominância de mulheres e de trabalhadores por conta própria, a Surf Telecom criou uma oferta de microcrédito de valores até R$ 400, com parcelas descontadas na conta de energia. A informação é da head de Soluções e Produtos Financeiros da operadora, Tatiana Rodrigues, que participou, nesta sexta-feira, 22, de live da Tele.Síntese. Segundo ela, o produto tem um índice significativo de recorrência, que mostra sua aceitação. 

Para ter acesso ao crédito, a pessoa precisa ser titular da conta de energia, entra na plataforma da Surf Telecom, faz o cadastro e, caso seja aprovado, o dinheiro vai para qualquer conta ou carteira digital que o cliente possua. As parcelas são incluídas na conta de luz, que é repassada para a operadora por meio de parceria. De acordo cos Tatiana, a aprovação é feita com base no comportamento do cliente com a distribuidora. “Essa foi a forma mais simples de validação do cadastro, já que nossos clientes usam o sistema pré-pago de adesão ao plano de telefonia móvel”, disse. 

“Para esses clientes não bancarizado, as taxas praticadas no mercado, então a gente procurar ofertar um juro menor, mesmo não sendo superbaixo, mas que cabe no bolso do nosso usuário”, disse. O número de prestações também não é variado, chega a seis parcelas. “A diferença desse produto é a opção de atendimento humanizado, além dos canais digitais, porque esse cliente quer falar com alguém, quer tirar dúvidas”, disse. 

Os recursos para o microcrédito vêm do funding da própria operadora. Mas a Surf também tem planos para ofertar créditos maiores, mas isso em parceria com bancos maiores. “Porque para isso preciso de mais recursos, sistemas de recuperação de crédito e para isso os bancos têm mais expertise”, disse. Tatiana afirma que a operadora, que é correspondente bancário, passa a ser um canal entre os bancos e os clientes que estão fora do sistema bancário, especialmente com a chegada do open banking. 

Tatiana ressalta que esses produtos financeiros ganharam espaço agora, depois da pandemia, quando os clientes passaram a confiar mais em operações digitais. Além disso, é reflexo da cultura implantada na companhia pelo CEO Yon Moreira, de promover a inclusão e ascensão social. 

O microcrédito da Surf Telecom, ao contrário das MVNOs que são organizadas pela companhia e que usam a marca da empresa contratante (whitelabel), é vendido com a marca da operadora.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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