STF aciona a Polícia Federal para investigar possível ataque a seus sistemas

A suspeita surgiu após a identificação de um número de acessos fora do padrão. O STF diz que ação foi contida enquanto ainda estava em andamento
Fachada do prédio do Supremo, em Brasília. Foto: Dorivan Marinho

O Supremo Tribunal Federal identificou ontem, 6, o que pode ser um ataque hacker. Para garantir a segurança das informações, a equipe de TI do tribunal tirou seu site do ar. A Polícia Federal foi acionada.

Segundo comunicado do STF, “o site foi retirado do ar para usuários externos e foram iniciadas análises em diversas de suas páginas”. A equipe técnica trabalha para retomada gradual dos serviços a partir desta sexta, 7.

A suspeita surgiu após a identificação de um número de acessos fora do padrão. O STF diz que ação foi contida enquanto ainda estava em andamento. Segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas.

Ainda de acordo com o STF, todos os sistemas que garantem a atuação jurisdicional do Supremo, como peticionamento eletrônico, seguiram funcionando adequadamente, sem a necessidade de desligamento.

Robôs

O Supremo tem passado por um aumento expressivo na quantidade de acessos no portal devido a “robôs” adotados por empresas, entidades e outros profissionais ligados ao direito que capturam dados públicos, como andamento processual e jurisprudência, para uso lícito.

O STF explica que, nos casos em que os sistemas do Tribunal não identificam de imediato se a alta quantidade de acessos é oriunda de um “robô do bem” ou de um hacker com intenções ilícitas, medidas são adotadas para reforço da segurança de suas portas de entradas. No episódio desta quinta, segundo as informações já depuradas, o acesso não teve intuito de “sequestro” de ambiente, mas apenas de obtenção de dados.

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José Norberto Flesch

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