Soluções para saúde e substituto do cão guia são apresentados no INOVAtic, por start ups

A INTMED criou a maior base de dados de interação medicamentosa e a VibEye desenvolveu um app que pode substituir os cães-guias.

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  • Aécio Santiago

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre uso de medicamentos no Brasil indicam que 50% das prescrições médicas são incorretas. De olho nesses dados e depois de uma viagem de estudo à Inglaterra sobre os efeitos do uso de medicamentos entre os pacientes, um grupo de estudantes no Ceará criou e desenvolveu a Startup Intmed, a maior base de interação medicamentosa do Brasil com 79 mil interações cadastradas.

Segundo o responsável de Negócios, Igor Paulino, a interação entre os princípios ativos existentes entre os medicamentos pode trazer riscos à saúde ou diminuir sua eficácia. “Com o aplicativo, desenvolvemos uma ferramenta para que o farmacêutico faça essa averiguação sobre a necessidade daquela prescrição médica. Médicos, por exemplo, que atendem a um idoso e se ele consumir  até quatro medicamentos ou mais, não se comunicam entre si. O farmacêutico é esse profissional que tá lá na ponta e pode auxiliar nesse atendimento”, explicou Paulino.

Em um projeto piloto, a startup fechou  convênio com uma grande rede de farmácia em Fortaleza, na qual os farmacêuticos usam o sistema e podem indicar o nível de gravidade de determinada interação medicamentosa e até detectar se existe algum risco. “Por isso, o paciente não tem acesso a esses dados, porque,  caso descobrisse que não há gravidade naquele remédio, ele poderia se automedicar”, disse Igor, duran o INOVATIC NE, promovido pela Momento Editorial, e que se realiza em Fortaleza.

Independência

Outra empresa inovadora presente ao evento foi a VivEye, que desenvolveu uma solução para os portadores de deficiência visual.  Somente no Brasil, eles  somam cerca de 6,5 milhões de pessoas,  de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

“No Brasil são apenas 160 cães-guia para atender a uma demanda tão grande, enquanto a bengala só consegue ajudar a identificar algum obstáculo até o nível da cintura. Orelhões, placas ou qualquer objeto perto da cabeça são uma dificuldade a mais para o deficiente. Com o dispositivo acoplado num acessório do usuário, que pode ser um óculos ou um boné, é possível detectar através de um sensor que dispara e avisa à pessoa”, esclarece Samuel Lima, um dos sócios do projeto que está sendo apresentado durante a feira na Inovatic. O sensor poderá ser comercializado no mercado custando a partir de R$200,00, enquanto o  custo da mão- de- obra para se formar um cão-guia é de R$ 6mil.

Outra novidade para esse segmento é o aplicativo, que funciona como um Waze (app de localização de endereço), onde o deficiente, por comando de voz pode chegar ao seu destino sem maiores problemas. “Aqui, o usuário vai saber qual o melhor percurso, quais as dificuldades do caminho, as rotas alternativas etc. Os maiores obstáculos são cadastrados através de um mapa colaborativo e assim a pessoa vai ter mais independência para chegar ao seu destino”, diz Lima.

O INOVATIC NE, realizado pela Momento Editorial, contou com o patrocínio de Claro Brasil, Oi, Padtec,, Angola Cables, Banco do Nordeste, Correios, Finep.

Contou também com o apoio de Datacom, Fonnet, Globenet, Mob Telecom, Prysmian Group, Redex, Skylane Optics, Wirelink. E apoio institucional de Abramulti, Abranet, Abrap, Abeprest, Abrint, Brasscom, NEOTV, Softex, TelComp. E Prefeitura de Fortaleza, Governo de Alagoas, Governo do Piauí e Governo do Ceará.

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