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Societé Mondiale pede adiamento da assembleia da Oi

Para o fundo, representado por Nelson Tanure, o plano da Oi não tem a peça fundamental: o documento de garantia de que haverá, mesmo, dinheiro novo

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O fundo Societé Mondiale, representado no Brasil pelo empresário Nelson Tanure, ingressou com pedido de adiamento da Assembleia Gral de Credores da Oi, na 7ª Vara Empresarial. O argumento dos acionistas é de que, na proposta formulada pela operadora e entregue ao juiz da vara, Fernando Viana, na última terça-feira, 12, não está presente o Commitment Agreement, ou o documento que confirma o interesse daqueles que pretendem colocar dinheiro novo na empresa, e que segundo o plano divulgado, deverá ser de R$ 4 bilhões. 

Para o Societé, sem esse documento, não há qualquer garantia firme de que haverá o aumento de capital nem a certeza de que as condições precedentes para que a capitalização ocorra.

O Societé também inclui os argumentos do professor Francisco Satiro, no qual considera um “ato usurpador” de origem a apresentação do plano sem a aprovação do conselho de administração. Depois da demissão de Marco Schroeder, o juiz Viana determinou ao novo CEO, Eurico Teles, que ele elaborasse o plano de recuperação sem precisar de aprovação do Conselho de Administração.

Na proposta formulada por Teles, alguns dos atuais conselheiros mais próximos a Tanure seriam substituídos, permanecendo presidente do conselho, José Mauro Mettrau Carneceiro da Cunha, e os indicados pelo BNDES e independentes. Hélio Costa, que também é diretor indicado por Tanure e Palha Silva, da Pharol, também continuariam, além de um nome dos credores. Permaneceriam nesse conselho transitório Ricardo Reisen de Pinho, Marcos Duarte Santos, Luis Maria Viana Palha da Silva, Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão, Helio Calixto da Costa, e um indicado pelos credores.

Diretores

O grupo também ingressou com um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do Rio para que os dois diretores estatutários indicados – Hélio Costa e João Vicente – voltem a participar das decisões sobre a Recuperação Judicial. Se insurge também contra a decisão do juiz Fernando Viana, que indicou Eurico Teles, atual CEO da Oi, para conduzir as negociações da RJ.

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