Startups captam US$ 174,2 mi em agosto, 80% a menos do que 2021

Entre janeiro e agosto de 2022, a captação foi de US$ 3,6 bilhões, volume 45% menor que os US$ 6,6 bilhões captados no mesmo período de 2021.
Startups captam US$ 174,2 mi em agosto, 80% a menos do que 2021 - Crédito: Freepik
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As startups brasileiras atraíram, durante o mês de agosto, US$ 174,2 milhões em investimentos, segundo a mais recente edição do estudo Inside Venture Capital, da plataforma de inovação Distrito em parceria com o Bexs Banco.

Esse volume, alcançado em 43 rodadas de investimento, é 80,2% inferior ao registrado em igual período do ano passado, quando as startups captaram US$ 880,3 milhões investidos em 77 rodadas. Nesse cenário, deve-se levar em conta que, em 2021, foram registradas rodadas com valores significativos para empresas como PetLove, Quinto Andar, Cora e Omie, elevando a base de comparação.

“Vale ressaltar também que o total levantado pelas startups em agosto do ano passado foi o maior desde que iniciamos a série histórica, em 2013. Quando analisamos a evolução dos investimentos, os oito primeiros meses de 2022 já superam o total do ano de 2020, por exemplo, mostrando que o mercado de venture capital continuará relevante no país. E, em número de investimentos, essa marca também deve ser superada em breve”, analisa Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.

O estudo do Distrito também aponta que, no acumulado do ano, a tendência de queda se mantém. Entre janeiro e agosto deste ano, a captação foi de US$ 3,6 bilhões, volume 45% menor que os US$ 6,6 bilhões captados nos oito primeiros meses de 2021.

O levantamento revela ainda que o ticket médio de rodadas iniciais de captação, de Anjo a Série A, tiveram crescimento em 2022. As rodadas pré-seed cresceram de US$ 350,6 mil para US$ 788,1 mil, e as Seed saltaram de US$ 1,5 milhão para US$ 2,4 milhões, por exemplo. Já as rodadas mais avançadas registraram queda, como é o caso dos deals de série D, que caíram de US$ 132,3 milhões para US$ 124,1 milhões.

O setor de fintechs foi o que mais atraiu investimentos no mês, somando US$ 97,6 milhões em 12 negociações. Em segundo lugar aparecem as healthtechs, com US$ 47,5 milhões em 6 negociações.

“As fintechs continuam na liderança de captações – o que se mantêm desde 2018. Vemos ainda um crescente interesse nas healthtechs, que aparecem em segundo lugar em número de aportes no ano (44). Já em volume, as retailtechs se destacam, com US$ 384,4 milhões”, completa Gierun.

Dentre as operações de destaque, estão o Dr Consulta, que captou uma Série D de US$ 32,5 milhões, a Pega Leve, que levantou US$ 25,8 milhões em Série A, e Caju, com US$ 25 milhões recebidos em Série B.

Ainda em agosto, a pesquisa aponta a realização de 14 fusões e aquisições, também com queda em relação a igual período do ano passado, quando foram 21 operações. Já o acumulado do ano se mantém estável em relação a 2021 – foram 155 transações no ano passado e 154 este ano. O destaque do último mês foi a aquisição da iFood pela Movile, por R$ 9,4 milhões.

(com assessoria)

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Redação DMI

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