ServiceNow propõe nuvem que unifica sistemas de gestão

Leandro Rocha entende que os investimentos em nuvem podem ampliar a rentabilização das operadoras de telecomunicações.
Leandro Rocha, Advisory Solution Consultant da ServiceNow - divulgação
Leandro Rocha, Advisory Solution Consultant da ServiceNow – divulgação

Uma nuvem que, seja lá quantos sistemas de gestão a empresa tiver, unifique todo o processo é o que propõe Leandro Rocha, Advisory Solution Consultant da ServiceNow. ” O mercado começa a entender a vantagem de aplicação na nuvem. É como na Revolução Industrial: você tinha uma fábrica, a fábrica produzia a energia dela mesma, ela tinha que fazer os insumos, processar e produzir aquele produto. A mesma coisa acontece hoje. Você tem seu data center, que precisa produzir sua informação, e hoje, com a nuvem,  retira-se a complexidade da administração para focar só no negócio”, fala o executivo.

“Quantos sistemas uma operadora tem para gestão? Um para B2B, outro para B2C, mais outro quando se fala  de broadband, vários catálogos, várias coisas. E as áreas ficam preocupadas não só em administrar essas aplicações, mas se preocupam com a integração entre essas aplicações. A partir do momento em que  se começa a colocar uma plataforma na nuvem, a empresa tem a visão de plataforma,  consolidando uma série de informações. Passa a cuidar do que realmente importa para  atender o mercado de forma diferente”, continua Leandro Rocha.

Segundo ele, é só olhar por esse prisma, e para uma transformação como o 5G, para perceber como um negócio precisa mudar para que se consiga absorver o 5G de uma forma mais eficiente. “Hoje, quando você olha para as telcos, elas não são as maiores beneficiadas do 5G. Quem vai ser beneficiado será Netflix, as empresas de games. Elas estão fazendo investimentos na infraestrutura para capitalizar da melhor forma, e precisam ser eficientes”, diz Rocha.

Para o executivo, o 5G, em relação ao 4G, não agrega tanto valor para o cliente, “a não ser mais velocidade, baixa latência, e quem precisa mais são as pontas”. Segundo Rocha,  as operadoras, para se beneficiarem da nova tecnologia, têm feito muitas parcerias. “Uma mudança dessa envolve bilhões de investimento”, reforça. No seu entender, devido à complexidade do ingresso de uma nova tecnologia,  geralmente quem melhor se apropria são os parceiros comerciais e não a própria operadora, que ainda precisará rentabilizar com novos serviços os investimentos realizados.

É aí, que afirma Rocha, entra a vantagem da nuvem. “A cloud ajuda no movimento de tornar mais eficiente o negócio e extrair o máximo de benefícios da nova tecnologia”, avalia. Assim, ele entende que a rentabilização se amplia para outros segmentos, além do assinante em si.

Resistência

Mas o dirigente da ServiceNow aponta que ainda há resistências no setor para entender que não é preciso mais ser obediente às aplicações legadas, mas sim atuar para monetizar da melhor forma possível os ativos.  “Vejo as pessoas muito preocupadas em ‘eu preciso usar isso,  e preciso usar aquilo”.

Nova visão

Mas e a ServiceNow, como se situa? “Deixamos de fazer ofertas genéricas para focarmos em ofertas para a indústria. “A gente consegue atender como uma nova categoria de produto, não tentando ser uma subcategoria de várias aplicações”, diz o Advisory Solution Consultant da empresa. ” Buscamos uma nova visão transformacional. A companhia está olhando para telecom como ‘o’ mercado para ser atendido”, afirma.
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José Norberto Flesch

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