Dataprev, Serpro e Telebras debatem parcerias e não fusão

As empresas pretendem desenvolver programas conjuntos de infraestrutura e de serviços. Nada que implique mexer com ativos delas.

Jorge Bittar, Rodrigo Assumpção e Marcos Mazoni  presidentes das três estatais de telecom e TIC do governo federal reuniram-se hoje, 12, em Brasília e, ao contrário do que disse a Folha de S.Paulo, não estão discutindo a fusão de ativos ou a criação de uma “mega estatal de TIC e telecom”.

Na verdade, os três executivos estão delineando as sinergias entre as empresas – sinergias tanto de infraestrutura como de prestação de serviço – para o lançamento de produtos e serviços em conjunto. A primeira reunião dos três ocorreu em dezembro passado e hoje foi feita a segunda reunião na sede da Dataprev, em Brasília, com a equipe técnica mais ampliada das três empresas.

A reportagem publicada ontem,11, pelo jornal Folha de S.Paulo, e que provocou a forte subida das ações da Telebras (a única que tem os papeis na bolsa de valores) foi feita com base em um documento antigo, ultrapassado, de setembro do ano passado, e formulado por técnicos do Ministério do Planejamento, que já tinha sido publicado por diferentes portais especializados e desmentido pelas empresas envolvidas algumas vezes. A Telebras publicou hoje comunicado à bolsa e aviso à imprensa.

Bittar a frente da Telebras tem ampliado muito as parcerias com as empresas públicas, sejam federais ou estaduais. Junto às estatais de energia, ele já firmou um grande número de acordos para o compartilhamento de redes. Com as duas estatais, a troca de experiência poderá ser mais ampla. As ideias começam a ser delineadas, mas há mesmo muito o que esses três grandes centros públicos  de tecnologia  podem fazer para diminuir a exclusão digital. Isso não quer dizer fusão, cisão, ou venda de ativos. Só parcerias e atuação com sinergia.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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