Sem dinheiro para a Ciência, MCTIC admite encerrar pesquisas

Gilberto Kassab diz que orçamento de 2018 será mais apertado, e que saída para a continuidade de alguns trabalhos reside em parcerias com setor privado.

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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab voltou a afirmar nesta segunda-feira, 30, que a Ciência brasileira continuará de pires na mão em 2018. Segundo ele, a situação já grave de falta de recursos deste ano vai piorar no próximo.

Ele afirma que todas as linhas de pesquisas financiadas com recursos federais poderão ser descontinuadas. “Seria uma grande perda para o Brasil, ou porque perderíamos pesquisas importantes ou quadro [pesquisadores], que ao perderem aqui a condição de desenvolverem as suas atividades, passariam a se deslocar para o exterior”, alertou.

Ele falou hoje, 30, durante o IV Simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, em São Paulo. No evento, ressaltou que as dificuldades financeiras vão continuar. “Temos uma preocupação grande em relação ao final do ano, preocupação em relação aos recursos que podem não ser suficientes para que a gente possa atingir os objetivos definidos. E uma preocupação ainda maior em relação a 2018, que está muito aquém do necessário para que a gente possa continuar os trabalhos que estão sendo desenvolvidos”, disse.

Investimento privado

Para o ministro, uma das saídas para a falta de recursos são as parcerias. “O setor privado, cada vez mais, investe na ciência, tecnologia, inovação. Não apenas na Marinha, mas todos os setores vinculados ao desenvolvimento brasileiro. Porém, há certo tipo de investimento que demanda apenas recursos públicos, o capital privado não se interesse com alguns estudos necessários para o desenvolvimento do país. Aí entra a importância da mobilização da sociedade”.

Leal Ferreira, almirante de esquadra, destacou a importância de parcerias também com a academia. “Há mais de 60 anos que a Marinha trabalha com a academia. O convênio que nós tivemos com a Universidade de São Paulo [USP] permitiu a criação do curso de engenharia naval em São Paulo, que existe até hoje, e vários outros convênios com outras universidades”, lembrou. (Com Agência Brasil)

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Da Redação

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