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Sem acordo, funcionários da LG se juntam a grevistas das terceirizadas

Os trabalhadores da LG rejeitaram a proposta para indenização aos demitidos. A empresa ofereceu um adicional que varia entre R$ 8 mil a R$ 35.904, de acordo com o tempo de trabalho na fábrica
Movimentação na manhã desta segunda (12), com Weller Gonçalves, presidente do Sindicato de São José dos Campos, à frente

Os trabalhadores da LG rejeitaram em assembleia, nesta segunda-feira, 12, a proposta para indenização aos demitidos. A empresa ofereceu um adicional que varia entre R$ 8 mil a R$ 35.904, de acordo com o tempo de trabalho na fábrica. Sem chegar a um acordo, os metalúrgicos deram início à greve e acabaram se juntando às metalúrgicas da Blue Tech e 3C, em Caçapava, e da Sun Tech, em São José dos Campos. Elas estão de braços cruzados desde o dia 6.

Um ato aconteceu em frente à LG, em Taubaté, unindo as trabalhadoras das quatro fábricas. Participaram da manifestação os sindicatos dos metalúrgicos de Taubaté e de São José dos Campos, dos Correios do Vale do Paraíba, condutores de São José dos Campos, dos petroleiros de São José dos Campos e dos metroviários de São Paulo, além dos metalúrgicos da central Intersindical de Campinas, Limeira e Santos.

Antes do ato, as trabalhadoras que chegavam de São José dos Campos e de Caçapava fizeram uma breve passeata e juntaram-se às companheiras de Taubaté. A palavra de ordem durante a manifestação era “Unificou, unificou, trabalhador defende trabalhador”.

A LG e o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté já estavam em negociação desde o anúncio do fim da divisão de celulares da marca. A empresa, entretanto, recusou-se a negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A recusa ocorreu durante a audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho, na sexta-feira, 9.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos cobra a responsabilidade da LG na manutenção dos 430 postos de trabalho que devem deixar de existir em razão do fim da produção de celulares pela marca coreana. “Não podemos admitir que a LG simplesmente vire as costas para mais de mil trabalhadores em plena pandemia. Vamos pressionar o governo federal para que faça a estatização sob controle dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Em comunicado enviado por sua assessoria, a LG diz que lamenta a rejeição da proposta.

“Durante toda a semana passada, e diariamente, a fábrica da LG em Taubaté negociou com o Sindicato uma compensação adicional às verbas rescisórias, em razão do anúncio global de fechamento da linha de celulares da LG Electronics”, diz o texto.

“A proposta construída pela fábrica da LG em Taubaté e o Sindicato ao longo desses dias foi colocada para aprovação da assembleia de trabalhadores, que a rejeitou, declarando a greve que iniciou-se na manhã desta segunda-feira. A LG respeita o direito à greve de seus trabalhadores e lamenta a rejeição da proposta, sendo que buscará os meios legais”, conclui.

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