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Governo

“Se Oi não tiver um parceiro, haverá intervenção”, afirma Kassab

Kassab disse, no entanto, que o momento da intervenção ainda não chegou, e que se isso ocorrer, o governo publica o Projeto de Lei divulgado há dois meses, que amplia os poderes da Anatel.

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O ministro da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou hoje, 10, que o governo continua a acompanhar a situação da Oi (que divulgou ontem o balanço do semestre) pois avalia que a situação da empresa é “muito preocupante” e espera que ela encontre um parceiro que traga os recursos necessários para que sejam cumpridas as  obrigações contratuais.

  • A Oi precisa encontrar parceiro para trazer recursos.  Se ela não trouxer esse parceiro,  acabará obrigando ao governo fazer a intervenção, o que nós não queremos, disse o ministro.

Ele disse que, se os atuais sócios da operadora tiverem os recursos necessários para a empresa fazer os investimentos que precisa, o problema estaria resolvido.

PL da Intervenção

O ministro disse ainda que o governo não descartou a publicação do projeto de lei que autoriza a intervenção da Anatel em todas as empresas do grupo Oi, e não apenas na concessionária de telefonia fixa, como permite hoje a Lei Geral de Telecomunicações. Mas ele afirmou que o projeto, juntamente com a outra Medida Provisória que permite a negociação das multas da concessionária não foram publicados, para não ampliar a especulação sobre se haverá intervenção ou não na Oi.

“Se publicássemos a minuta do Projeto de Lei, logo vocês  [referindo-se aos jornalistas] iriam afirmar que haveria a intervenção na Oi. Assim, o PL só será publicado se acharmos que chegou esse momento. Ainda não chegou”, afirmou o ministro.

Ele afirmou que a proposta  de uma Medida Provisória para falências, como está sendo estudada pela área econômica, não está relacionada ‘a Oi, pois o governo não admite a hipótese de que o processo de recuperação judicial acabe na decretação de falência da operadora.

“É evidente que a Oi vai ter um parceiro. Se não tiver parceiro, vai ter intervenção”, vaticinou o ministro, que completou afirmando que o governo está aguardando uma solução há algum tempo, mas “tem limites”.

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