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Satélite da Telebras sobe com sucesso

SGDC custou o triplo do originalmente estimado, em 2013, e tem capacidade dividida entre o Exército, que vai usar Banda X, e o setor civil, que terá acesso à Banda Ka. Ministério da Educação e SUS teriam contratado capacidade, conforme o ministro Gilberto Kassab, que diz já ter aval para iniciar programa de construção de outro satélite.

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Com decolagem perfeita, o foguete Ariane5 subiu às 18:50 levando o Satélite Geostacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) e um satélite sul-coreano. Às 19h18 o SGDC foi liberado em órbita, a 1100 km de altitude, 28 minutos após a ignição.

Inicialmente programado para ser lançado no dia 21 de março, a programação foi adiada por causa de uma greve geral que ocorreu na Guiana Francesa, onde é a base de lançamento da empresa Arianespace, contratada pela Thales Aleina Space, que em parceria da Visiona (joint-venture Embraer Telebras) construíram o satélite brasileiro.

Chovia forte em Kourou, a capital do país e base de lançamento, o que atrasou o lançamento em pouco mais de uma hora. Às 18h43, os sistemas foram ligados e recomeçou a contagem regressiva de sete minutos.

Conforme o Ministério da Ciência, Tecnologia Inovação e Telecomunicações, o satélite vai subir ao preço de R$ 2,784 bilhões, quase o triplo do inicialmente projetado, em 2013, quando ele estava previsto para custar R$ 1,1 bilhão. No mercado internacional, não se conhece um satélite do tamanho do nosso a esse preço.

O da Telebras terá 67 transponders na banda Ka e 5 transponders na banda X. Ele vem com a tecnologia HTS, de feixes multifocais, o que lhe permite entregar mais de 57 Gbps em todo o território brasileiro. Ele terá suas estações de controle em diferentes pontos do território brasileiro.

Segundo o ministro Gilberto Kassab, o Ministério da Educação já fechou contrato com a Telebrás para a conexão em banda larga de sete mil escolas públicas. As unidades básicas de saúde do SUS também contarão com pelo menos 10% da capacidade do satélite, assinalou. “Informo também que o presidente Temer autorizou darmos continuidade ao programa satelital e já vamos dar início aos estudos para o segundo satélite”, afirmou o ministro. A expectativa, afirma, é de o Brasil se apropriar da tecnologia de produção do satélite em uma década.

Lançamento
Para o seu lançamento, o governo convidou a imprensa a acompanhar o evento no Centro de controle do Comar – VI Comando Aéreo Regional, em Brasília. Segundo major, Rafael Duque, depois que o satélite estiver em órbita, em 40 dias as Forças Armadas já podem começar a operar a banda X. Ele não soube informar, no entanto, se o governo brasileiro irá desativar o contrato com a Embratel, que hoje presta serviço ao Ministério da Defesa.

O veículo Ariane 5 está levando também para órbita geostacionária o satélite Koreasat-7, sul-coreano. O nosso satélite ficará na posição 75 graus W.

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