Anatel vai ao Ministério dos Povos Indígenas a fim de viabilizar Infovia 02

Anatel se encontra com Ministério dos Povos Indígenas, Ibama e Funai a fim de explicar Norte Conectado e a importância da liberação das licenças ambientais

Mais um desafio surgiu na implantação das infovias de fibra óptica que cortam os rios da Amazônia: o licenciamento das estruturas que cortam territórios de povos indígenas da região, relatou o superintendente de outorga e recurso à prestação da Anatel, Vinicius Caram. Segundo ele, 40 aldeias localizadas em raio de até 5 Kkm do rio em que estará a Infovia 02. O trecho vai de Tefé a Atalaia do Norte, no estado do Amazonas.

A fim de acelerar o processo, e atendendo à demanda o Ministério dos Povos Indígenas, uma reunião sobre o assunto foi marcada para esta quarta-feira. Nela, representantes da pasta, do MCOM, da Anatel, da EAF/Siga Antenado, do Ibama e da Funai detalharam o que falta para o licenciamento sair. A EAF se comprometeu a entregar documentos que ainda estão pendentes, como o chamado Estudo do Componente Indígena (ECI), que avalia o impacto da obra sobre os povos indígenas locais.

Conexão Brasil-África | Painel 4: Vinicius Oliveira Caram Guimaraes | Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel

Conexão Brasil-África | Painel 4: Vinicius Oliveira Caram Guimaraes | Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel

Caram comentou o tema durante a conferência Conexão Brasil-África – evento que acontece em Brasília (DF), organizado pela Momento Editorial, publisher do Tele.Síntese, e pela Arctel.CPLP, entidade que reúne reguladores de países de língua portuguesa.

Cabo da Infovia 03 se rompe

Caram também observou outro percalço, dessa vez à Infovia 03, cuja implantação do cabo está se dando neste momento. Ontem, contou, houve um rompimento da fibra que estava sendo depositada no leito do rio. O trecho liga, com 600 Km de fibra óptica, as cidades de Belém (PA) e Macapá (AP).

O problema, embora não seja algo raro neste tipo de projeto, pressiona o cronograma e também levou a Anatel a considerar formas de promover a redundância do Norte Conectado, a fim de garantir que o rompimento de algum dos cabos das infovias não represente a completa perda de conectividade entre os usuários da infraestrutura.

“Estamos pensando em um projeto de redundância que possa ser acionado quando houver algum rompimento, como o de agora, sem que se perca a saída para a internet nacional”, comentou.

[Atualizado com detalhes da reunião após sua realização]

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Rafael Bucco

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