Rússia multa Google e Facebook por não apagar conteúdos considerados ilegais

O Google também está sendo investigado na Alemanha a fim de avaliar seu impacto na competição e seus termos de processamento de dados

Cortes da Rússia multaram o Google e o Facebook por falharem em deletar posts que o governo russo considerou ilegal. O Alphabet terá de pagar ₽ 6 milhões (R$ 440 mil) por três ofensas diferentes. Enquanto isso, a plataforma de Mark Zuckerberg recebeu multas de oito cortes diferentes do país, que somadas custarão ₽  26 milhões (R$ 1,89 milhão). O episódio representa mais uma escalada de tensão entre o país e as big techs.

Os processos judiciais de ambas companhias, que corriam separadamente, foram consideradas ofensas administrativas pelas cortes. O governo de Moscou havia mandado deletar conteúdos que, segundo o país, encorajavam menores a se uniram aos protestos não sancionados de janeiro. Na época, pessoas de todo o país saíram às ruas para apoiar Alexei Navalny, líder opositor ao presidente Vladimir, depois que ele foi detido.

O país já havia punido o Twitter diminuindo sua velocidade por não ter removido do site um post banido pela Rússia. A agência de comunicação russa, inclusive, ameaçou excluir a rede social do país. O órgão ameaçou o Google da mesma forma, caso a empresa não passe a retirar os posts considerados ilegais pelo governo. O Estado tem uma política de controlar as empresas de tecnologia ocidentais e fortalecer o que chama de sua “soberania da internet“. 

Google será investigado na Alemanha

A big tech também está em maus lençóis na Alemanha, que investigará a companhia com base nas novas leis de competição aplicáveis às grandes companhias digitais. A investigação conterá duas fazes. Na primeira, o regulador antitruste alemão deverá determinar se o Google tem grande impacto na competição. A lei de competição permita que o regulador proíba determinada big tech, caso veja ameaças. Depois, o regulador irá lançar uma análise profunda dos termos de processamento de dados pelo Google. 

O presidente do regulador Bundeskartellamt, Andreas Mundt, afirmou que uma questão central será se os consumidores possuem opções suficientes para escolher como o Google pode utilizar seus dados. “O modelo de negócios do Google depende de uma grande extensão em processamento de dados relacionado a seus usuários. Devido a esse estabelecido acesso a dados relevantes para a competição, o Google desfruta de uma vantagem competitiva”, disse. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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