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MWC

Robôs e drones sobem ao palco em Barcelona

Além da comunicação entre si e com outros dispositivos, os robôs apresentados pela Verizon têm navegação em 3D a partir da infusão de dados advindos de sensores
Verizon
Da esquerda para direita, Mekeal e GiGi

A Verizon aproveitou o evento global Mobile World Congress (MWC) para exibir seus avanços misturando 5G, edge computing multi-acesso (MEC) à robótica. A operadora vem trabalhando na comunicação entre robôs autônomos e redes que permitem mais armazenamento de dados na ponta.

Durante o evento, a empresa apresentou dois robôs autônomos GiGi, batizado assim devido a 5G, e Mekeal, por conta da sigla MEC. Rima Querish, CSO (Chief Strategy Operator) da Verizon, afirmou que a 5G possibilitou que os robôs passassem a se comunicar um com o outro e os demais dispositivos. A tele trabalhar agora para tornar essas tecnologias acessíveis.

“Nossa missão é pegar diferentes frotas de robôs para coordenar de forma parecida e segura na nossa rede”, afirmou a executiva. Os robôs foram conectados à tecnologia 5G em uma rede MEC. Esses dispositivos poderão ter aplicações no suporte de produção e distribuição de tráfego de forma segura e eficiente.

Além disso, a 5G possibilitará que os robôs se localizem em universo 3D, e não 2D como o usual. As máquinas contam com um sistema chamado Orquestração Espacial Digital (ODS) que as alimenta com dados provenientes de sensores. Para seu funcionamento, o sistema necessita de sensores IoT, câmeras, plantas do local e listas de inventário. Ou seja, são pensados para aplicações industriais e corporativas.

Outro ponto de inovação da companhia é a transferência da inteligência de software dos robôs para as redes. “Quando nós trocamos a inteligência robótica para o edge, nós podemos remover elementos caros de computadores e sensoriamentos dos próprios robôs. Assim nós podemos afinar os robôs, tornando-os mais leves, baratos e eficientes”, explicou.

Drones

A operadora também trouxe os avanços de navegação por drone propiciados pela rede móvel. “Quando você os conecta à rede, pode torná-los tão rápidos quanto o fluxo da própria rede”, comentou Rima Querish.

Assim, os dispositivos passam a não precisar mais pousar para que o usuário baixe as imagens e dados. Essas informações são enviadas durante os voos em tempo real, o que elimina a necessidade de um operador em campo.

Em setembro de 2020, a Verizon utilizou o drone com rede LTE para sobrevoar o desastre causado pelo fogo no estado de Washington nos EUA, que deixou a qualidade do ar e a visibilidade ruins. Na ocasião, o drone pôde voar por pouco mais de 2500 km produzindo atualizações em tempo quase real. Querish disse que a 5G abrirá novas possibilidades para aplicação de drones, como por exemplo, produção de imagens de 360º.

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