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Balanço

Retaliação chinesa impacta resultados da Ericsson no 2º tri de 2021

As vendas líquidas da empresa caíram em 1% no ano-a-ano, enquanto as vendas orgânicas cresceram em 8% apesar de ter perdido SEK 2,5 bilhões em relação ao trimestre anterior
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Crédito: Divulgação

Os resultados do segundo trimestre da Ericsson refletiram a exclusão de fabricantes chinesas no leilão 5G na Suécia. A companhia teve uma queda de 1% nas vendas líquidas, que foram de SEK 55,6 bilhões para (R$ 32,8 bilhões) no segundo trimestre de 2020 para SEK 54,9 bilhões (R$ 32,4 bilhões) em 2021.

Ainda que, no geral, a Ericsson tenha apresentado bons resultados, eles sofreram os impactos da redução da presença da companhia na China. As vendas orgânicas, por exemplo, obtiveram um crescimento de 8% ano-a-ano, apesar da perda SEK 2,5 bilhões (R$ 1,5 bilhão) na China.

Após um período de declínio, a companhia voltou a crescer na América Latina. Juntamente com a Europa, as vendas líquidas da região chegaram a SEK 14 bilhões (R$ 8,25 bilhões), contra SEK 13 bilhões (R$ 7,6 bilhões) em 2020.

No setor de Redes, as vendas líquidas aumentaram 11%, impulsionado principalmente pelos mercados da América Latina e Europa. Na China, houve uma queda de SEK 2 bilhões (R$ 1,2 bilhão) em relação ao mesmo período de 2020. O lucro apresentou crescimento de 47,9%. A empresa destacou ainda o contrato de US$ 8,3 bilhões com duração cinco anos fechado com a Verizon, o que afirmou ser “o maior negócio da história da Ericsson”.

Serviços digitais

Os resultados ainda demonstram que o impulsionamento do 5G Core continua na área de Serviços Digitais. Com isso, a Ericsson informou que irá expandir os investimentos em P&D para o portfólio de nuvem nativa 5G. No setor, as vendas orgânicas ficaram estáveis, mas excluindo a China elas tiveram um crescimento de 5% ano-a-ano. Já o lucro caiu 37,9% do segundo trimestre de 2020 para o de 2021.

A sueca anunciou também que conseguirá pagar as futuras renovações de patentes, uma vez que fechou um novo acordo de licença de uso com a Samsung. Em 2020, a Ericsson acusou a sul coreana de descumprir o acordo de pagamento de royalties e licença de patentes. Isso atrasaria os pagamentos das licenças que havia contratado e estavam prestes a expirar.

Há ainda a previsão de uma expansão anual entre 20% e 30% para a Ericsson, com oportunidades nas áreas de operações remotas, automação e gerenciamento seguro no setor industrial.

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