Resultado da América Móvil surpreende analistas

Grupo dono da Claro Brasil teve queda de receitas e lucros abaixo das expectativas em função de variações cambiais. Para analistas do BTG, os resultados foram bons em cenário de câmbio constante.

Os analistas do BTG Carlos Sequeira e Osni Carfi divulgaram relatório a respeito dos resultados do terceiro trimestre da América Móvil no qual afirmam que os números vieram “melhores que o esperado”. A multinacional do bilionário mexicano Carlos Slim e dona da Claro Brasil soltou ontem à noite seu balanço financeiro mais recente.

Aqui no Brasil, como noticiado pelo Tele.Síntese, a Claro apresentou estabilidade, o que pode ser encarado como algo positivo diante da perda de clientes na TV paga, um dos carros chefe da operadora. A redução no segmento foi compensada pela expansão no celular e nos serviços corporativos.

A América Móvil como um todo registrou queda de 2,6% nas receitas, impactadas por variações do câmbio nos países onde opera. Em um cenário de câmbio constante, a empresa teria faturado 4,5% mais com serviços, divulgou. O resultado geral da empresa veio 3,4% melhor do que o estimado pelos analistas, daí a surpresa positiva entre eles.

Os analistas também viram sinal positivo no EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) a câmbio constante. Neste caso, o aumento foi de 7,5%, “muito acima do consenso de mercado”, observam.

Sem câmbio fixo, no entanto, a América Móvil teve queda de 16,4% no lucro líquido, que ficou em 15,81 bilhões de pesos mexicanos (equivalente a US$ 782,95 milhões). O EBITDA cresceu 2,9%. E as receitas totais do grupo foram de 253,37 bilhões de pesos mexicanos (equivalente ao câmbio atual a US$ 12,54 bilhões).

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Rafael Bucco

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