Receita Federal alerta para golpes no e-commerce

Os golpes iniciam com anúncios na internet de itens a preços muito baixos e utilizam o nome da Alfândega para tentar dar veracidade à fraude.
Receita Federal alerta para golpes no e-commerce - Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Golpes utilizando o nome da Receita Federal têm acontecido com alguma frequência, seja por e-mails, mensagens ou internet. O mais recente é no e-commerce, que já conta com alerta da própria Receita.

Em nota, a Receita Federal anuncia o alerta aos cidadãos para cuidados necessários durante compras realizadas pela internet. Isso porque estelionatários usam anúncios pagos, que aparecem como publicidade em sites da internet, para atrair potenciais vítimas por meio da venda de produtos com preços muito abaixo do mercado.

No conteúdo de falsas propagandas, os criminosos usam de forma ilícita o nome das unidades da Receita Federal responsáveis pelas atividades de controle aduaneiro, as Alfândegas, na tentativa de simular veracidade na aplicação do golpe.

A Receita Federal ressalta, no entanto, que suas Alfândegas não comercializam mercadorias.

“Essas unidades são responsáveis por gerir e executar atividades de controle aduaneiro, de atendimento e orientação ao cidadão e as relativas ao combate aos ilícitos tributários e aduaneiros, inclusive à contrafação, à pirataria, ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, ao tráfico internacional de armas de fogo e munições e à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores, observadas as competências específicas de outros órgãos”, afirma em nota.

Outros golpes

Relatos recebidos pela Receita apontam ainda para golpes que envolvem empréstimos, onde supostas empresas condicionam a liberação de valores ao pagamento antecipado de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pela vítima.

De acordo com o órgão, os golpistas chegam a fornecer documentos, como notificações e documentos de arrecadação falsos, induzindo a pessoa a pagar as taxas inexistentes para a liberação do dinheiro.

O recolhimento do IOF, especificamente, é feito unicamente através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) que é pago pela instituição que fornece o crédito e não pelo contribuinte. A Receita Federal esclarece ainda que os seus servidores não prestam serviços de empréstimo nem entram em contato para cobrar esse tipo de pagamento.

Outro caso recente de golpes apontados pela Receita Federal têm como base uma suposta regularização do CPF. Segundo a Receita, contribuintes, independentemente de terem ou não pendências com o órgão, têm recebido mensagens por SMS, WhatsApp ou e-mails informando sobre uma situação irregular a ser resolvida. Essas mensagens trazem links que induzem a pessoa a pagar uma taxa falsa com a finalidade de regularização do CPF.

Os alertas enviados pelo órgão não trazem qualquer link de acesso. “Ao entrar, o contribuinte deve selecionar a opção ‘Meu CPF’, em que encontrará orientações sobre como corrigir sua situação cadastral de acordo com a irregularidade no sistema”, explica a Receita.

(com assessoria)

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Redação DMI

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