Quase 40% dos domicílios captam TV Digital

Levantamento aponta crescimento do acesso à TV por assinatura e predomínio de parabólicas na zona rural
Projetado pelo Freepik
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A proporção de domicílios com acesso à TV digital aberta cresceu 8,6 pontos percentuais e chegou a 39,8% dos domicílios com televisão em 2014. A TV digital aberta cresceu tanto na área rural quanto na urbana, chegando, respectivamente, a 15,7% e 43,5% dos domicílios com TV. Em 2014, o país tinha 67 milhões de domicílios particulares permanentes e 97,1% deles (65,1 milhões) possuíam o aparelho de TV. Esse indicador cresceu 2,9% em relação a 2013

Os dados constam do PNAD TIC 2014, suplemento para o setor de tecnologia da informação e comunicação da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios do IBGE, publicado hoje, 06. Mostram o tamanho do desafio do governo e da EAD em promover até 2018 o switch off da TV analógica, ainda predominante.

O Sudeste continuou com o maior percentual de domicílios com televisão digital aberta (45,7%), com o Sul (41,5%) e o Centro-Oeste (40,8%) a seguir. O Norte e o Nordeste alcançavam ambos, aproximadamente, 30%. A proporção de domicílios com TV digital aberta cresceu em todas as Unidades da Federação.

Em 2014, o Brasil tinha 67 milhões de domicílios particulares permanentes e 97,1% deles (65,1 milhões) possuíam o aparelho de TV. Esse indicador cresceu 2,9% em relação a 2013.

O material investigou três modalidades de acesso à programação de TV: Televisão digital aberta (recepção gratuita de sinal aberto, digital e transmitido por antenas terrestres); TV por assinatura (recepção paga de sinal de TV fechado, restrito por código) e TV por antena parabólica (recepção gratuita de sinal via satélite).

TV por assinatura cresceu 12 %
O número de domicílios com TV por assinatura cresceu 12% em relação a 2013, alcançando 32,1% dos domicílios com aparelho de televisão. Assim como a TV digital aberta, a TV por assinatura estava mais presente na área urbana (35,9%) do que na rural (7,5%). O Sudeste continuou com a maior proporção de domicílios com TV por assinatura (43,6%), com o Sul (32,5%), Centro-Oeste (30,0%), Norte (19,8%) e Nordeste (16,3%) a seguir.

Quanto maior a classe de rendimento mensal domiciliar per capita, maior o percentual de domicílios com TV por assinatura: para os domicílios com rendimento de até três salários mínimos, as proporções foram inferiores a 50,0%. Já entre os domicílios onde esse rendimento superava os cinco salários mínimos, a proporção era de 77,3%.

Antena parabólica predomina na área rural
A TV por antena parabólica estava em 38% dos domicílios com aparelho de televisão e, ao contrário das modalidades “digital aberta” e “por assinatura”, sua presença na área rural (78,5%) era superior à urbana (31,8%). Também ao contrário dessas modalidades, a TV por antena parabólica predominava entre os domicílios com os menores rendimentos per capita.

Em 2014, entre os domicílios com aparelho de televisão, 32,1% não tinham TV digital aberta, mas contaram com pelo menos uma modalidade de acesso à programação: 22,6% tinham somente TV por antena parabólica; 7,4% tinham somente TV por assinatura e 2,1% tinham TV por antena parabólica e televisão por assinatura.

TV analógica
Ainda entre os domicílios com aparelhos de TV, cerca de 15,1 milhões (23,1%) não tinham nenhuma das três modalidades de acesso à programação televisiva investigada (nem televisão por antena parabólica, nem televisão por assinatura, nem televisão digital aberta).

Para os domicílios sem nenhuma dessas três modalidades, a alternativa de acesso à programação televisiva é a televisão analógica aberta. Esse grupo de domicílios merece atenção especial, pois ficaria impossibilitado de acessar programação televisiva por meios convencionais quando concluído o processo de desligamento do sinal analógico e sua substituição pelo sinal digital em todo o Território Nacional. A Região Norte continuou com o maior percentual de domicílios sem nenhuma das três modalidades (27,7%) e o Sudeste (21,8%), com o menor percentual.

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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