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Provedores respondem por metade do faturamento da Furukawa no segmento operadoras

A demanda dos provedores regionais por fibra superou as estimativas mais otimistas do fabricante. Se em anos anteriores esse segmento de mercado cresceu 30% a 35%, este ano deve superar os 50%.
Foto: Juliano Pimentel
Foad Shaikhzadeh, presidente da Furukawa Latam

Dos R$ 800 milhões a R$ 830 milhões que a Furukawa Latam deve faturar este ano (receita líquida), as grandes operadoras vão responder por 20% e os provedores regionais por outros 20%, ou seja, no mínimo R$ 160 milhões cada bloco. O segmento de empresas ficará com 32% e as exportações com os demais 28%. Se há surpresa nesses números, eles ficam por conta da participação dos provedores regionais na receita, que cresceu mais do que os 30% a 35% planejados pela área comercial, seguindo a tendência do ano anterior.

Mesmo com a recessão e os indicadores adversos, os provedores regionais continuam crescendo na casa dos dois dígitos e investindo mais. No caso da Furukawa, sua participação na receita deverá superar a barreira dos 50% no ano, de acordo com a área comercial. Este segmento de mercado é o responsável, segundo Foad Shaikhzadeh, presidente da Furukawa Latam, pelo melhor desempenho do bloco operadoras em relação a 2016.

Em 2017, a Furukawa Latam espera crescer de 10% a 12% em relação ao ano anterior, quando registrou receita líquida de R$ 730 milhões. Na avaliação de Shaikhzadeh, o que vai garantir esse bom desempenho num cenário macroeconômico adverso é o fato de a empresa atuar num segmento que ainda cresce independentemente de crise e de a empresa ter diversificado seu portfólio de produtos nos últimos anos. Deixou de ser só fabricante de fibra, cabos e componentes, para adicionar uma linha de equipamentos e outras de soluções. “Com mais produtos e a integração, nosso market share cresceu”, disse Shaikhzadeh.

O que tira o sono do presidente da Furukawa Latam hoje não é a falta de encomendas, mas é o que vai acontecer quando o mercado retornar seu ritmo, quando a Oi resolver seus problemas e voltar a investir. “Isso sim me preocupa”, resume ele, para demonstrar o quanto a empresa, que instalou sua subsidiária no Brasil em 1974, confia no país.

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